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12 de setembro de 2019
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Estudo analisa viabilidade econômica-ecológica de agrossistemas no território da Borborema

A região da Borborema na Paraíba, está recebendo, entre os dias 10 e 17 de setembro, a visita dos consultores Gustavo Martins e Cinara Dell’Arco, como parte do processo de produção de um estudo sobre a viabilidade econômica-ecológica de agrossistemas em diferentes realidades do país. O território é onde atua o Polo da Borborema, rede de 13 sindicatos de trabalhadores rurais que há mais de 20 trabalha pelo fortalecimento da agricultura familiar agroecológica com a assessoria da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.

A iniciativa da pesquisa é do consórcio formado pela AS-PTA na Paraíba e por outras cinco organizações de promoção da agroecologia, dos estados do Maranhão (Tijupá), Ceará (Esplar), Bahia (Sasop) e Minas Gerais (Rede) que, na década de 1980, fizeram parte da articulação Projetos de Tecnologias Alternativas, a chamada Rede PTA e hoje compõem a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). As seis organizações são parceiras da entidade de cooperação internacional alemã Pão para o Mundo (Brot für die Welt) que é quem está financiando o estudo.

O consórcio tem como objetivos facilitar a gestão dos projetos apoiados, trabalhar na construção de redes e fortalecer a incidência política no tema da agroecologia, além de trazer mais visibilidade para a temática.

O estudo conta com dois consultores para cada grupo de dois estados e está utilizando o Lume, um método de análise sobre as estratégias de produção e reprodução econômica e ecológica da agricultura familiar, que permite o estabelecimento de ambientes de construção compartilhada de conhecimento com as famílias agricultoras e com organizações parceiras com as quais trabalha.

O Lume é fruto de um esforço da AS-PTA em parceria com a ANA para suprir uma carência de ferramentas de análise que permitam dar conta das racionalidades econômicas e ecológicas que subentendem a superioridade dos agroecossistemas de gestão familiar sobre as lógicas empresariais que fundamentam o capitalismo agrário.

Para a realização da pesquisa, há equipes de dois consultores para cada grupo de dois estados. Na Paraíba, as experiências de duas famílias agricultoras do município de Esperança-PB estão sendo visitadas: a de Ligória Felipe dos Santos e de Rita Isidro, ambas no Sítio Benefício.

De acordo com Bruno Prado, assessor técnico da AS-PTA, o objetivo do Estudo pretende responder às seguintes questões: quais os impactos significativos nas condições socioeconômicas da vida das famílias agricultoras e seus membros nos territórios de atuação das entidades do Consórcio e que contribuição aportaram as entidades para a produção dos impactos? Para tanto, as experiências escolhidas estão sendo analisadas em três níveis: territorial, comunitário e o do próprio agrossistema.

Em sua visita à Borborema, a dupla de consultores tem uma intensa agenda que incluiu reuniões com membros da coordenação do Polo da Borborema e representantes das várias comissões temáticas para entender o processo histórico de evolução da agricultura no território e o impacto da atuação do Polo; com moradores da comunidade do Benefício para recuperar sua história, e até dia 17/09, visitarão as propriedades e entrevistarão as agricultoras. A proposta é que o estudo seja transformado em dados que possam orientar a elaboração de novos projetos e até embasar a reivindicação de políticas públicas para a agricultura familiar na região.

“Foram os diagnósticos participativos que realizamos enquanto Polo da Borborema que foram nos dando munição para a construção de políticas públicas aqui na nossa região e ir acertando a grande dívida do governo com esse público mais pobre, aquele mesmo que, no passado, fez parte das frentes de emergência”, observou Nelson Ferreira, agricultor do Sítio Lagoa do Gravatá e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca-PB, durante um dos encontros.

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