Relações sociais de gênero e de geração – AS-PTA https://aspta.org.br Agricultura Familiar e Agro­ecologia Mon, 04 Dec 2023 14:17:59 +0000 pt-BR hourly 1 Mulheres dizem não ao feminicídio e se levantam contra a violência doméstica na 11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia https://aspta.org.br/2020/03/13/mulheres-dizem-nao-ao-feminicidio-e-se-levantam-contra-a-violencia-domestica-na-11a-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia/ https://aspta.org.br/2020/03/13/mulheres-dizem-nao-ao-feminicidio-e-se-levantam-contra-a-violencia-domestica-na-11a-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia/#comments Fri, 13 Mar 2020 17:26:10 +0000 http://aspta.org.br/?p=18008 Em cada rosto, havia alegria, coragem, sorrisos. Havia braços pintados, corpos despidos livres e também vestidos com a bandeira da ‘11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia’. A atividade foi realizada hoje (12), no município de Esperança, Agreste paraibano, e reuniu cerca de 6 mil mulheres diversas. A concentração aconteceu no Campo da … Leia mais

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Em cada rosto, havia alegria, coragem, sorrisos. Havia braços pintados, corpos despidos livres e também vestidos com a bandeira da ‘11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia’. A atividade foi realizada hoje (12), no município de Esperança, Agreste paraibano, e reuniu cerca de 6 mil mulheres diversas. A concentração aconteceu no Campo da Rodoviária, na entrada da cidade, que recebeu uma Feira Agroecológica, expressão da produção da agricultura familiar protagonizada pelas mulheres; shows, como o da cirandeira Lia de Itamaracá, que fez questão em estar em mais uma edição; peça de teatro e o depoimento de mulheres que passaram por relacionamentos abusivos e agressivos na denuncia contra todas as formas de violência. A marcha é uma realização da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e pelo Polo da Borborema.

De acordo com Marizelda Salviano, uma das organizadoras do evento e representante do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Esperança, a Marcha é o momento de reafirmar a luta pelas mulheres e de dizer não ao machismo. “Não aceitamos essa sociedade que oprime e mata as mulheres. De mãos dadas, construiremos com a agroecologia um mundo mais fraterno para homens, mulheres, crianças e jovens. É a marcha pela vida”, resumiu. Além de participantes de vários municípios do estado, a marcha também contou com mulheres da Articulação Semiárido Paraibano (ASA PB), que todos os anos fortalecem ao evento, e de outros movimentos de mulheres do campo. Mulheres dos três programas da AS-PTA (PR, RJ, além de PB), também estiveram reunidas na atividade.

A vida, de fato, pulsava na 11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. As mulheres dançavam, brincavam, mas não se esqueciam do sentimento que as unia: a luta por um mundo mais igual entre homens e mulheres e contra os retrocessos de seus direitos. “Temos muita força e precisamos ser reconhecidas”, afirmou Maria Eduarda Sales, de 17 anos. A adolescente não só reconhece a força da organização como já a usou ao resistir, junto com as amigas, e lutar para que sua turma do colégio não fosse fechada. “Os nossos colegas de sala desistiram da turma de informática, que era formada por cerca de 40 alunos. Quiseram fechar a turma, mas não deixamos. Hoje somos apenas sete alunos e vamos terminar o curso. Estamos no 3º ano”, explicou.

A luta pelos direitos da mulher começa cedo e se estende por toda a vida adulta. Como é o caso da agricultora Rosilda de Lima, de Montadas, que sobreviveu a um relacionamento abusivo e agressivo. Segundo Rosilda, as agressões começaram logo após o casamento e a justificativa das agressões era porque seu então marido queria um filho e ela não conseguia engravidar. Mesmo após ter seu primeiro filho, as agressões não pararam e na terceira gestação teve consciência do universo violento que a cercava, e após sua quinta gestação reuniu forças para se levantar contra as agressões. O grupo de teatro do Polo da Borborema também, em forma de arte, contou a história de um relacionamento abusivo. Com brigas que se avolumaram, até que o poder que o homem acredita exercer sobre a mulher vira agressão e feminicídio.

Após os depoimentos, as mulheres seguiram em marcha pelas ruas do município de Esperança. A mística ‘O violador é tu’, realizada pelas organizadoras da marcha chamou a atenção. Nela, as mulheres com rostos cobertos e com ajuda de instrumentos percussivos falaram sobre a violência e o racismo praticado pelo Estado e pela Justiça brasileira. Elas apontaram o dedo para falar sobre o estupro, o fascismo, a falta de respeito que precisam vencer todos os dias.

Com o fim da mística, a 11ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia seguiram para o Campo da Rodoviária e foram recebidas com a apresentação das crianças que participam do Serviço municipal da Convivência e Fortalecimento de Vínculo de Esperança. Em seguida, a cirandeira Lia de Itamaracá se apresentou com os as filhas de Mestre Baracho, mestre cirandeiro, fazendo a luta de forma cantada com todas as milhares de mulheres que se uniram e juntas realizaram mais uma marcha pela vida das mulheres e pela agroecologia no Agreste paraibano.

Troca de experiências – A realização da Marcha e a atuação das mulheres no Polo da Borborema é uma referência e inspiração para grupos feministas em outros territórios. No intuito de vivenciar este momento de encontro e conhecer experiências protagonizadas por lideranças da Paraíba, mulheres do Paraná e do Rio de Janeiro, articuladas pelos programas da AS-PTA nos estados, participaram do dia de ontem. O intercâmbio, que teve como primeira parada a marcha, segue até o próximo domingo, dia 15. No roteiro, o banco mãe de sementes, quintais produtivos, unidades de beneficiamento e a cozinha comunitária, promovem a troca de experiências e assim fortalece as articulações territoriais.

Texto e Fotos: Marcelle Honorato/Angola Comunicação

 

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11ª Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia tratará sobre Feminicídio em 2020 https://aspta.org.br/2020/03/02/11a-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia-tratara-sobre-feminicidio-em-2020/ https://aspta.org.br/2020/03/02/11a-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia-tratara-sobre-feminicidio-em-2020/#respond Tue, 03 Mar 2020 00:42:52 +0000 http://aspta.org.br/?p=17992 No dia 12 de março de 2020, a 11ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia acontecerá no município de Esperança, no Agreste Paraibano e tratará sobre o grave problema do feminicídio. O evento terá concentração a partir das 8h, no Campo da Rodoviária, na entrada da cidade, e espera reunir mais … Leia mais

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No dia 12 de março de 2020, a 11ª edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia acontecerá no município de Esperança, no Agreste Paraibano e tratará sobre o grave problema do feminicídio. O evento terá concentração a partir das 8h, no Campo da Rodoviária, na entrada da cidade, e espera reunir mais de 6 mil mulheres, como aconteceu no ano passado no município de Remígio.

A Marcha é organizada pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e pelo Polo da Borborema, uma rede de 13 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores rurais da região da Borborema, na Paraíba. A cada ano, a marcha acontece em um dos 13 municípios do Polo e aborda um tema diferente, aprofundado nos diversos encontros preparatórios realizados nas comunidades rurais desde o início do ano.

O evento tem dois grandes objetivos centrais: denunciar toda e qualquer forma de violência contra a mulher e dar visibilidade ao papel e à contribuição das camponesas na construção da agricultura familiar do território.

Programação

Como em anos anteriores, a atividade tem início às 8h, com concentração no chamado ‘Campo da Rodoviária’ na entrada do município de Esperança. Após a animação no palco e recepção às caravanas, haverá a tradicional peça de teatro encenada pelo Grupo de Teatro Amador do Polo da Borborema, sobre o tema da Marcha. No espetáculo, a família da personagem ‘Margarida’ se verá envolvida com uma situação de sucessivas violências que culminarão em um caso de feminicídio. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a necessidade de debater os relacionamentos abusivos, que na maioria dos casos, evoluem para a violência física e o homicídio.

Após a encenação e alguns depoimentos, a Marcha seguirá pelas ruas centrais da cidade com panfletagem, ato público, bandeiras, estandartes, faixas e cartazes, retornando para o mesmo palco da concentração para a atração cultural e a tradicional Feira Agroecológica com exibição e comercialização da produção das agricultoras da região. A Marcha contará com a animação da Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá, que abraçou a ação e todos os anos faz questão de estar presente.

13 Feminicídios por dia

Segundo o anuário de Segurança Pública 2019, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil acontecem 13 feminicídios por dia. O levantamento do Centro 8 de Março de João Pessoa-PB, revela que só em janeiro de 2020, 15 mulheres foram assassinadas na Paraíba, sendo destes, 5 casos tipificados como feminicídios, que é quando assassinatos de mulheres são cometidos em razão do gênero, ou seja, a vítima é morta por ser mulher. De acordo com o mesmo levantamento, que leva em consideração apenas os casos que foram noticiados pela imprensa, 56 mulheres tiveram suas vidas tiradas em 2019, sendo destes 32 feminicídios.

Uma reportagem do El País mostrou que na América Latina, nove mulheres são assassinadas por dia, vítimas de violência de gênero. A região, segundo um relatório da ONU Mulheres, é o local mais perigoso do mundo para elas, fora de uma zona de guerra. Quase metade deste número de 2.559 assassinatos ocorreu no Brasil. No país, a Lei do Feminicídio, de 2015, estabelece que, quando o homicídio é cometido contra uma mulher, a pena é maior.

Fotos: Luciano Silveira e Túlio Martins.

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Governo da Bahia publica estudos sobre agricultura familiar com base no método Lume https://aspta.org.br/2020/01/10/governo-da-bahia-publica-estudos-sobre-agricultura-familiar-com-base-no-metodo-lume/ https://aspta.org.br/2020/01/10/governo-da-bahia-publica-estudos-sobre-agricultura-familiar-com-base-no-metodo-lume/#respond Fri, 10 Jan 2020 12:20:17 +0000 http://aspta.org.br/?p=17953 A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão do governo da Bahia, publicou, em novembro de 2019, o Caderno Pró-semiárido LUME: aplicação da metodologia Lume em agroecossistemas assessorados pelo Pró-semiárido. A publicação, organizada por Carlos Henrique Ramos, gerente de desenvolvimento produtivo e de mercados do Programa Pró-semiárido, reúne estudos desenvolvidos por técnicos e técnicas … Leia mais

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A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão do governo da Bahia, publicou, em novembro de 2019, o Caderno Pró-semiárido LUME: aplicação da metodologia Lume em agroecossistemas assessorados pelo Pró-semiárido. A publicação, organizada por Carlos Henrique Ramos, gerente de desenvolvimento produtivo e de mercados do Programa Pró-semiárido, reúne estudos desenvolvidos por técnicos e técnicas de organizações não governamentais e da CAR que atuam em comunidades da agricultura familiar do semiárido baiano.

As comunidades são beneficiárias diretas do Pró-semiárido, programa implantado desde 2015 em três territórios de identidade do semiárido baiano. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) através da CAR, o Pró-Semiárido resulta de um acordo de empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem suas ações executadas por organizações não governamentais.

No início de 2019, a CAR estabeleceu parceria com a AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia para a execução de um processo de capacitação sobre o método Lume, envolvendo técnicos e técnicas da CAR e das organizações não governamentais que assessoram diretamente as comunidades.

A capacitação foi concebida como um processo continuado no período de um ano e meio. Ela intercala atividades presenciais com exercícios a campo para a aplicação dos conceitos e instrumentos propostos no método. Assim concebido, o processo vem se dando de forma combinada com o monitoramento/sistematização dos efeitos da ação do Pró-Semiárido sobre a realidade econômica das famílias agricultoras. Em 2019, foram realizados três módulos presenciais de capacitação. Entre os módulos, as equipes das entidades exercitaram o método por meio da realização de estudos nas comunidades assessoradas pelo Pró-Semiárido. Os artigos reunidos no caderno trazem alguns dos resultados desses estudos. Eles evidenciam os efeitos positivos da integração das famílias a processos locais de inovação agroecológica apoiados pelo Pró-Semiárido. Os estudos mostram a complexidade e a importância da agricultura camponesa do semiárido baiano, bem como sua grande capacidade de responder aos estímulos de políticas e programas públicos.

O caderno apresenta a síntese de 12 estudos que abordam temas variados, como a construção do protagonismo das mulheres e de jovens na gestão dos agroecossistemas, o aumento dos níveis de autonomia da agricultura familiar associado à intensificação produtiva promovida pelas trajetórias de inovação agroecológica.

Segundo Paulo Petersen, coordenador executivo da AS-PTA, “ as equipes das ONGs e da CAR apreenderam os conceitos e os instrumentos que integram o método Lume. Acreditamos que isso contribuirá para qualificar o seu trabalho de assessoria às famílias e às comunidades”. Os principais resultados dos estudos realizados serão apresentados e debatidos em um seminário no mês de março, atividade que marcará a finalização deste ciclo de capacitação sobre o Lume.

 

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Jovens camponeses se reúnem em preparação a VIII Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia https://aspta.org.br/2017/03/04/jovens-camponeses-se-reunem-em-preparacao-a-viii-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia/ https://aspta.org.br/2017/03/04/jovens-camponeses-se-reunem-em-preparacao-a-viii-marcha-pela-vida-das-mulheres-e-pela-agroecologia/#comments Sat, 04 Mar 2017 14:08:04 +0000 http://aspta.org.br/?p=14610 No dia 02 de março, cerca de 60 jovens camponeses do Polo da Borborema se encontraram no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca, em preparação à oitava edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, que esse ano, será realizada no dia 08 de março, em Alagoa Nova. Esse é o terceiro ano consecutivo … Leia mais

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Jovens Polo da BorboremaNo dia 02 de março, cerca de 60 jovens camponeses do Polo da Borborema se encontraram no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca, em preparação à oitava edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, que esse ano, será realizada no dia 08 de março, em Alagoa Nova. Esse é o terceiro ano consecutivo que jovens lideranças se reúnem para debater as raízes das desigualdades entre homens e mulheres a fim de organizar a juventude para participar do ato. Na edição anterior, em Areial, participaram cerca de 500 jovens.

Após a abertura realizada por Márcia Araújo, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca e da Coordenação da Comissão Territorial de Juventude, os participantes foram divididos em três grupos: Música, Propaganda e Poesia. Para cada grupo foram selecionadas 3 peças para que os jovens pudessem analisar de forma crítica como as mulheres são retratadas, como homens e mulheres se relacionam, quais as mensagens que cada peça passa, assim por diante. Ao pararem para analisar de forma mais atenta, passaram a perceber como que por trás da melodia contagiante, das belas imagens ou mesmo nas entrelinhas das palavras rimadas escondiam-se mensagens que desqualificam as mulheres e que vai construindo e legitimando uma sociedade machista. Ao dissecarem as músicas, propagandas e poesias puderam reconhecer a objetificação da mulher, e sua transformação em um bem de consumo. Reconheceram cenas e situações em que por meio da arte ou da imagem sugeriam o estupro, naturalizando as violências contra a mulher.

Jovens Polo da BorboremaO fim da cultura de estupro é uma das bandeiras de luta que a Marcha carregará esse ano. De agosto a outubro de 2016, o movimento de mulheres do Polo da Borborema contabilizou 44 casos de estupros em 8 municípios que fazem o Polo. Meninas e mulheres agricultoras foram vítimas na zona rural dos pequenos municípios da Borborema.

Após a devolução dos trabalhos, os jovens assistiram um curta-metragem chamado O Silêncio de Lara. No curta, Lara é uma adolescente que sofria abusos de seu avô, e depois de anos de sofrimento, sente-se encorajada a denunciá-lo. Ao viverem a dor de Lara, muitas meninas reconheceram situações onde também foram violentadas, e partilharam com os presentes a dor desses momentos. Trataram sobre a violência que viveram nas ruas, nas instituições e até mesmo, dentro de casa. Os jovens debateram sobre culpa, acolhimento, e sobre a importância da denúncia dos culpados.

Jovens Polo da BorboremaNo segundo momento, Roselita Vitor e Léia Soares, duas lideranças sindicais do Polo da Borborema e da Coordenação da Marcha, trataram com os jovens sobre a reforma da previdência social e o significado das mudanças propostas para a sociedade, para os trabalhadores rurais, e sobretudo, o impacto para a vida das mulheres agricultoras. Ao iniciar sua fala, Léia lembrou aos jovens que nenhum direito ligado à previdência dos trabalhadores rurais foi dado, foram todos conquistados por meio de muita luta. E estava ali para chamar essa geração para somar aos gritos das muitas margaridas que voltam a se encontrar no brejo paraibano. Ao final do evento, por meio da poesia e de gritos de ordem, os jovens pactuaram estarem presentes na Marcha, juntando-se a luta das mulheres e da agricultura familiar.

 

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Mulheres Pedreiras: curso vai capacitar agricultoras para a construção de cisternas de placas https://aspta.org.br/2013/11/14/mulheres-pedreiras-curso-vai-capacitar-agricultoras-para-a-construcao-de-cisternas-de-placas/ https://aspta.org.br/2013/11/14/mulheres-pedreiras-curso-vai-capacitar-agricultoras-para-a-construcao-de-cisternas-de-placas/#respond Thu, 14 Nov 2013 15:39:20 +0000 http://aspta.org.br/?p=8099 Começa na próxima terça-feira, dia 19, e segue até a sexta-feira, dia 22 de novembro, no sítio Lutador, em Queimadas, o I Curso de Capacitação de Pedreiras para Mulheres Agricultoras do Polo da Borborema. A atividade será promovida pelo Polo da Borborema em parceria com a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e terá a participação … Leia mais

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dsc005951Começa na próxima terça-feira, dia 19, e segue até a sexta-feira, dia 22 de novembro, no sítio Lutador, em Queimadas, o I Curso de Capacitação de Pedreiras para Mulheres Agricultoras do Polo da Borborema. A atividade será promovida pelo Polo da Borborema em parceria com a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e terá a participação de 25 agricultoras dos municípios de Solânea, Massaranduba, Queimadas, Alagoa Nova, Esperança, Casserengue, Montadas, Remígio e Esperança.

O curso prático será focado na construção de cisternas de placas de 16 mil litros para abastecimento humano, implementações que têm sido construídas em grande quantidade na região semiárida pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) . Ainda que a prática seja para construção de cisternas, segundo Ivanilson Estevão da Silva, assessor técnico da AS-PTA, a ideia é também capacitar as mulheres para outros pequenos serviços: “no processo de irradiação do P1MC e também do P1+2, que viabiliza a água para produção, as mulheres descobriram que também podiam trabalhar na construção das implementações e, motivadas por outras mulheres pedreiras, surgiu a ideia do curso, que vai servir até para elas descobrirem uma nova profissão ou fazer pequenos reparos, reformas nas suas próprias casas”.

Ainda segundo Ivanilson, o primeiro dia consistirá de uma parte teórica, onde será feita uma contextualização das organizações que atuam no território e sobre a importância de programas como o P1MC e o P1+2 para a vida das famílias, para a geração de renda e autonomia das mulheres. Em seguida haverá a parte prática, quando serão construídas duas cisternas de 16 mil litros no sítio Lutador em Queimadas e as participantes poderão acompanhar e fazer passo a passo da construção.

As instrutoras do curso serão duas mulheres pedreiras com larga experiência na construção de cisternas. Uma delas é Maria Verônica dos Santos, de 39 anos, que vive no sítio Cachoeirinha, município de Barra de Santa Rosa. Ela conta que aprendeu a construir cisternas em outro curso de capacitação, junto com outros homens em 2008, e desde 2009 constrói cisternas de 16 e de 52 mil litros conciliando com o trabalho na agricultura. Verônica já facilitou outros dois cursos de capacitação no município de Bananeiras e conta que não é fácil enfrentar o preconceito por parte dos homens. “Uns dizem, ‘não tá vendo que uma mulher vai saber fazer isso?’, mas eu não sou muito de conversar, não, vou lá e mostro o meu trabalho e assim eles vêem que eu sou mesmo capaz de fazer”, diz. Perguntada sobre o que tem a dizer para outras mulheres que querem aprender o ofício, ela responde: “É muito difícil, é um serviço pesado, mas eu gosto muito do que faço e se elas tiverem força de vontade podem aprender a fazer muito bem”.

O curso conta com o apoio da Comissão de Saúde e Alimentação do Polo da Borborema, que reúne mulheres agricultoras e promove atividade de formação para a promoção da melhoria das condições de vida e de saúde das famílias agricultoras, por meio da geração renda e autonomia das mulheres.

Foto: Ceop Picuí

 

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Projeto Sementes do Saber https://aspta.org.br/2013/09/30/projeto-sementes-do-saber/ https://aspta.org.br/2013/09/30/projeto-sementes-do-saber/#respond Mon, 30 Sep 2013 19:19:23 +0000 http://aspta.org.br/?p=7767 Ao longo do ano de 2010, AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e o Polo da Borborema organizaram eventos com o objetivo de construir com os jovens rurais uma leitura crítica sobre sua realidade no contexto atual da agricultura familiar da região. Esses diagnósticos permitiram a identificação de iniciativas produtivas em curso em suas comunidades, bem … Leia mais

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Encontro de JovensAo longo do ano de 2010, AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e o Polo da Borborema organizaram eventos com o objetivo de construir com os jovens rurais uma leitura crítica sobre sua realidade no contexto atual da agricultura familiar da região. Esses diagnósticos permitiram a identificação de iniciativas produtivas em curso em suas comunidades, bem como a manifestação de seus interesses por espaços de participação na vida social e política. Ao analisarem os desafios que vivenciam, os jovens chegaram a três principais eixos de ação com vistas a superá-los: formação para jovens agricultores(as) familiares, geração de trabalho e renda pela agricultura familiar e articulação da juventude na região do Polo da Borborema. Juntos, esses três eixos visualizados pelos jovens permitiram que AS-PTA e o Polo pudessem construir o Projeto Sementes gerando oportunidades de renda para jovens do agreste da Paraíba.

O projeto conhecido como Sementes do Saber, tem como objetivo contribuir para a inclusão socioeconômica de jovens em comunidades rurais de seis municípios do Polo da Borborema por meio da gestão e da promoção de acesso a mercados locais e regionais de mudas, sementes agroecológicas e animais de raças crioulas.

Será desenvolvido um processo continuado de formação técnico-política ao longo dos 3 anos da ação, organizado em módulos trimestrais, tendo em vista a constituição e articulação de um grupo regional integrado por jovens agricultores(as) vindos de municípios da região. Serão promovidas ações de capacitação técnica, experimentação, fomento, gestão de empreendimentos, assessoria para participação em espaços de governança e comunicação e difusão.

Cofinanciado:
União Europeia

 

 

 

 

 

 

 

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Fogões Ecológicos melhoram a qualidade de vida de famílias agricultoras na região da Borborema https://aspta.org.br/2013/09/05/fogoes-ecologicos-melhoram-a-qualidade-de-vida-de-familias-agricultoras-na-regiao-da-borborema/ https://aspta.org.br/2013/09/05/fogoes-ecologicos-melhoram-a-qualidade-de-vida-de-familias-agricultoras-na-regiao-da-borborema/#respond Thu, 05 Sep 2013 21:51:39 +0000 http://aspta.org.br/?p=7536 Reduzir o uso de lenha e obter um cozimento eficiente, reduzir a emissão de fumaça e minimizar os problemas de saúde, diminuir o esforço do trabalho da mulher, grande responsável pelo transporte de lenha, são alguns dos benefícios dos fogões ecológicos, uma experiência que vem mudando a vida de cerca de 200 famílias agricultoras na … Leia mais

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Oficina de fogõesReduzir o uso de lenha e obter um cozimento eficiente, reduzir a emissão de fumaça e minimizar os problemas de saúde, diminuir o esforço do trabalho da mulher, grande responsável pelo transporte de lenha, são alguns dos benefícios dos fogões ecológicos, uma experiência que vem mudando a vida de cerca de 200 famílias agricultoras na região do Polo da Borborema.

As famílias do Polo conheceram essa experiência em 2010, depois de uma visita de intercâmbio, quando um grupo de 30 agricultores, em sua maioria mulheres foi ao município de Afogados da Ingazeira (PE). Animadas com o que viram, as famílias começaram a experimentar o modelo do fogão, de início com 20 implementações que foram a base da organização de 10 fundos rotativos solidários, responsáveis pela rápida disseminação da experiência na região.

No último dia 22 de agosto, um grupo de 25 agricultores e agricultoras dos municípios de Massaranduba, Queimadas, Remígio, Lagoa Seca e Alagoa Nova participaram de uma oficina de construção para teste de outro modelo de fogão ecológico, que também conheceram em Pernambuco. O local escolhido para a realização da atividade foi a casa da agricultora Maria de Fátima Fernandes Barros, ou Dona Fatinha, como é conhecida na comunidade Cantagalo, em Massaranduba. Durante todo o dia foi realizada na prática a confecção de um fogão, detalhando todas as etapas de preparação do material que é utilizado. O momento mais delicado é o revestimento da parte de metal do forno com barro refratário para não causar posteriores rachaduras e o impedimento da circulação do calor na hora do uso.

Oficina de fogões“O objetivo da atividade foi construir e estudar um novo modelo de fogão ecológico capaz de dar autonomia às famílias, desde a construção até sua manutenção. Acreditamos que as tecnologias devam ir se adequando às necessidades e às realidades dos agricultores e das agricultoras. É assim que temos fomentado e incentivado a troca de experiências entre os grupos de agricultores” explica Ivanilson Estevão da Silva, assessor técnico da AS-PTA, que acompanhou a oficina. Estão programadas mais duas oficinas que serão realizadas uma na região do Polo e outra na área de atuação do PATAC.

Dona Creonice do Assentamento Oziel Pereira em Remígio, receberá a próxima oficina. Pintora e pedreira por vocação, Creonice está entusiasmada com a possibilidade de poder construir seu próprio fogão, além de poder ajudar na construção dos fogões de suas vizinhas. As oficinas estão inseridas no conjunto das ações do Projeto Terra Forte, que tem o objetivo de contribuir para a reversão e prevenção dos processos geradores da desertificação e do empobrecimento da população no semiárido brasileiro. O Projeto Terra Forte é realizado pela AS-PTA e pelo Polo da Boborema em parceria com a Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVS) e o Patac, com o confinanciamento da União Europeia.

 

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Comissão de Jovens do Polo da Borborema realiza Ciclo de Encontros Municipais no Território da Borborema na Paraíba https://aspta.org.br/2013/08/22/comissao-de-jovens-do-polo-da-borborema-realiza-ciclo-de-encontros-municipais-no-territorio-da-borborema-na-paraiba/ https://aspta.org.br/2013/08/22/comissao-de-jovens-do-polo-da-borborema-realiza-ciclo-de-encontros-municipais-no-territorio-da-borborema-na-paraiba/#respond Thu, 22 Aug 2013 17:49:16 +0000 http://aspta.org.br/?p=7463 A Comissão de Jovens do Polo da Borborema está realizando um Ciclo de Encontros Municipais de Juventude em pelo menos cinco municípios da região da Borborema: Queimadas, Lagoa Seca, Remígio, Solânea e Massaranduba. Cada encontro tem reunido, além de jovens, crianças, em um público que vai dos 10 aos 25 anos em média, em um … Leia mais

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Encontros de jovens do PoloA Comissão de Jovens do Polo da Borborema está realizando um Ciclo de Encontros Municipais de Juventude em pelo menos cinco municípios da região da Borborema: Queimadas, Lagoa Seca, Remígio, Solânea e Massaranduba. Cada encontro tem reunido, além de jovens, crianças, em um público que vai dos 10 aos 25 anos em média, em um número de cerca de 40 participantes.

O primeiro deles aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, em 12 de agosto, quando se comemora o Dia Internacional da Juventude. Na ocasião uma mística lembrou a data: “Pedimos aos jovens que trouxessem objetos, símbolos com os quais eles se identificam enquanto jovens agricultores e agricultoras, e com plantas, sementes, chapéu de palha que trouxeram, montamos um cenário onde foi lembrada a data e discutimos temas como a educação no campo enquanto direito”, explicou Ana Paula Cândido Macêdo, da Comissão de Jovens do Polo e do STR Queimadas. Nos dias 17 e 18 de agosto, foi a vez dos jovens dos municípios de Massaranduba e Lagoa Seca se reunirem, respectivamente. E nos próximos dias acontecerão encontros em Remígio e Solânea.

Os encontros estão inseridos na dinâmica do Projeto “Sementes dos Saber”, desenvolvido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia em parceria com a Comissão de Jovens do Polo da Borborema, com o apoio do Comitê Católico Contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD) e o co-financiamento da União Europeia. O “Sementes do Saber” procura promover a inserção produtiva e econômica dos jovens das comunidades rurais desses municípios. Os objetivos dos encontros são, além de articular as juventudes das comunidades rurais do Polo, levantar as atividades nas quais os jovens estão inseridos, as ações estão desenvolvendo no seu dia-a-dia, no sentido de potencializá-las para a geração de renda e reafirmar a identidade da juventude rural do território.

Vivências – A metodologia dos encontros tem privilegiado momentos de descontração e a construção coletiva a partir das vivências de cada filho e filha de agricultor. A banda Gigahertz, formada por jovens do município de Remígio, tem feito a animação dos eventos. Após o momento de acolhida e da dinâmica de abertura, os jovens são convidados a montar o mapa de uma propriedade da agricultura familiar. Com a ajuda de um painel pintado em pano e suas partes destacáveis, os jovens vão apontando parte a parte e montando os espaços que compõem um sítio: cisterna, plantas medicinais, barreiro, roçados, chiqueiro das galinhas, curral, canteiros, etc.

encontros de jovens do poloA partir de cada um destes espaços é feita ainda uma discussão sobre a divisão do trabalho entre homens e mulheres, quando se percebe que o trabalho das mulheres não é reconhecido como deveria. “Aqui a gente observou que a mulher está em mais espaços que os homens, mas isso não é uma competição, e sim pra gente refletir e mostrar a importância dos dois, que as mulheres trabalham tanto quanto os homens e os dois juntos podem colaborar para o bem de todos”, frisou Gabriela dos Santos Galdino, integrante da coordenação executiva da Comissão de Jovens do Polo e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massaranduba.

Em grupos, os jovens aprofundaram a discussão respondendo à pergunta: “qual o nosso papel, enquanto jovens, na nossa comunidade?”. A socialização do debate dos grupos é diversa e fruto da criatividade de cada grupo: exposição, teatro, teatro de bonecos, música, etc. Durante os encontros é reservado um espaço para que jovens agricultores deem seus depoimentos, conversem sobre a experiência como jovem agricultor. Amanda da Silva Pereira tem 18 anos e vive com a mãe e dois irmãos no sítio Cachoeira de Pedra D’água em Massaranduba, ela conta que, como os pais se separaram, ela e os irmãos dividem com a mãe o trabalho e a responsabilidade do sítio. A família tem uma cisterna calçadão que permitiu aumentar a produção de legumes e hortaliças sem veneno perto de casa: “primeiro a gente come, depois o que sobra a gente vende para os vizinhos daqui mesmo. Antes levávamos para a feira, mas como estamos vendendo tudo aqui, não sobrou nada para vender fora”, explica.

encontros de jovens do poloA comissão de jovens de cada município, realizadora do evento, fica responsável pelo encerramento fazendo uma exposição do trabalho com a juventude no município para os novos participantes que estão se inserindo no trabalho agora e ajudam a organizar os encaminhamentos de acordo com o que foi apontado na discussão.

O trabalho com a juventude se articula com o a iniciativa da Campanha pelo Fortalecimento da Vida na Agricultura Familiar, desenvolvido pelo Núcleo de Infância e Juventude da AS-PTA em parceria com o Polo da Borborema, que desde 2002, desenvolve ações com crianças e jovens, filhos e filhas de agricultores no sentido de valorizar a sua contribuição na agricultura familiar e o seu papel na construção da agroecologia. A campanha conta com o apoio da ActionAid e suas atividades já envolverão mais de 3.500 crianças e jovens de 14 municípios da região da Borborema só no primeiro semestre de 2013.

 

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A palavra de Margarida está viva https://aspta.org.br/2013/08/13/a-palavra-de-margarida-esta-viva/ https://aspta.org.br/2013/08/13/a-palavra-de-margarida-esta-viva/#respond Tue, 13 Aug 2013 22:00:03 +0000 http://aspta.org.br/?p=7440  “… eu quero pedir a vocês que, quando voltarem para casa, lembrem-se e rezem por aqueles que tombaram na luta e rezem também por aqueles que estão lutando na frente de batalha, por aqueles que estão enfrentando as ameaças dos poderosos. Eu dizia hoje aos Sindicato de Alagoa Grande: ‘Eles não querem que vocês venham … Leia mais

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margarida_alves “… eu quero pedir a vocês que, quando voltarem para casa, lembrem-se e rezem por aqueles que tombaram na luta e rezem também por aqueles que estão lutando na frente de batalha, por aqueles que estão enfrentando as ameaças dos poderosos. Eu dizia hoje aos Sindicato de Alagoa Grande: ‘Eles não querem que vocês venham à sede porque eles estão com medo, estão com medo da nossa organização, estão com medo da nossa união, porque eles sabem que podem cair oito ou dez pessoas, mas jamais cairão todos diante da luta por aquilo que é de direito devido ao trabalhador rural, que vive marginalizado debaixo dos pés deles’.”

(Discurso de margarida na comemoração do 1o. de maio de 1983, na cidade de Sapé, Paraíba, três meses e onze dias antes de ser assassinada.)

Fonte:

www.fundacaomargaridaalves.org.br/files/2013/08/Construtores-da-Justi%C3%A7a-e-da-Paz-Margarida.pdf

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Sementes é o tema da Campanha pela Valorização da Vida na Agricultura com filhos e filhas de agricultores na Borborema https://aspta.org.br/2013/07/08/sementes-e-o-tema-da-campanha-pela-valorizacao-da-vida-na-agricultura-com-filhos-e-filhas-de-agricultores-na-borborema/ https://aspta.org.br/2013/07/08/sementes-e-o-tema-da-campanha-pela-valorizacao-da-vida-na-agricultura-com-filhos-e-filhas-de-agricultores-na-borborema/#respond Mon, 08 Jul 2013 19:43:00 +0000 http://aspta.org.br/?p=7108 “O quê que a sementinha precisa pra crescer e se transformar em uma planta bem bonita?” – pergunta a personagem “Chica de Chita”, às crianças e jovens, filhas e filhos de agricultores de oito comunidades rurais vizinhas do sítio Lajedo, município de Alagoa Nova, na região da Borborema, na Paraíba. “Água! Estrume! Terra boa! Cuidado!” … Leia mais

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Mutirão do Ribeiro“O quê que a sementinha precisa pra crescer e se transformar em uma planta bem bonita?” – pergunta a personagem “Chica de Chita”, às crianças e jovens, filhas e filhos de agricultores de oito comunidades rurais vizinhas do sítio Lajedo, município de Alagoa Nova, na região da Borborema, na Paraíba. “Água! Estrume! Terra boa! Cuidado!” – respondem todos. Chica, auxiliada pelos fantoches “Jureminha” e “Pedro Preá”, conversa com as crianças e jovens sobre o que é a semente, sua germinação, sua seleção e armazenamento, e elas apontam no mapa da propriedade pintado em pano, os diversos tipos de sementes que têm como: animais, grãos, plantas e os próprios seres humanos. Este foi o tema escolhido para ser trabalhado nos mutirões da Campanha pela Valorização da Vida na Agricultura Familiar, ação desenvolvida pelo Núcleo de Infância e Juventude da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, em parceria com os sindicatos rurais do Polo da Borborema, desde 2002.

“A agricultura familiar não é construída apenas pelos pais e mães, sabemos que as crianças e os jovens são parte dessa construção e buscamos valorizar e dar visibilidade ao seu papel, aos seus conhecimentos, a partir do olhar do que já fazem na rotina se suas vidas, pensando dessa forma, na própria continuidade e no futuro da agricultura”, explica Ana Paula Anacleto, assessora técnica do Núcleo de Infância e Juventude da AS-PTA, sobre o objetivo da Campanha.

Gabriel Oliveira Luna tem 11 anos e vive com a família no sítio Ribeiro, quando crescer quer seguir a profissão da mãe e do pai, quer ser agricultor. Ele conta que na sua casa existe um banco de sementes com variedades de milho, feijão e fava e que ele sempre ajuda a aguar a plantação e a guardar os grãos. “Pra mim nós também somos sementes, pois temos vida, e quando a gente arranca o feijão pra comer, ele também não morre?”, explica sobre o seu conceito acerca das sementes.

Mutirão do RibeiroJá Natália Barbosa tem 13 anos e sonha em ser médica para atuar na sua comunidade e ajudar a melhorar a qualidade de vida no sítio Lajedo, onde acontece o mutirão. Para ela o tema das sementes é muito importante: “Porque a semente é uma fonte de vida, alimenta as pessoas. Meus pais têm um banco familiar onde guardamos feijão, fava e milho, que a gente come e guarda pra plantar no ano que vem, assim a gente tem sempre a semente e não depende de ninguém”, conta.

A agente comunitária de saúde Fátima Melo ajuda a mobilizar as crianças e jovens para participar dos mutirões desde o início do trabalho, ela atua nas comunidades de Lajedo, Gameleira e Caldeirão, do município de Alagoa Nova. De acordo com ela as crianças e a juventude são grandes aliados no trabalho de conscientização: “Depois de cada mutirão, quando eu visito as famílias, já percebo a diferença, você sente um retorno, pois eles conversam com os pais sobre o que vêem e aprendem, conscientizam os outros membros da família, na saúde mesmo, eles são grandes aliados nossos”.

Metodologia – Após o teatro de bonecos e a apresentação em painéis do processo de germinação, crianças e jovens se dividem em espaços distintos para aprofundar o tema por meio de brincadeiras, dinâmicas e rodas de conversa. Todos foram estimulados a trazerem sementes de suas comunidades e puderam observar amostras da enorme variedade cultivada na região, identificando as que conheciam e perguntando uns aos outros sobre as que desconhecem. Os jovens conversaram ainda sobre o início da agricultura, a descoberta que revolucionou a humanidade, quando se aprendeu a cultivar e a multiplicar o alimento, garantindo a fixação das famílias em um só lugar. Também discutiram sobre o conceito de semente: “Aquela galinha que bota bem, a minha mãe não vai querer matar, pra ela continuar multiplicando, não é? Pois é assim que funciona com os diversos tipos de sementes que temos, a gente foi aprendendo a selecionar para garantir o alimento”, afirma Ana Paula Anacleto.

Mutirão do RibeiroAntônio Soares de Melo é agricultor do sítio Lajedo e contribui com os mutirões desde 2002. Ele é ainda conselheiro tutelar e animador comunitário da Igreja Católica. Sua comunidade possui um banco de sementes que mobiliza mais de 80 famílias, e segundo ele, o tema das sementes se articula com diversos outros importantes: “Quando a gente mostra pra criança que não só o grão é semente, trabalha esse entendimento como um todo, a gente tem uma conscientização maior até sobre o meio ambiente, antigamente a gente via os meninos matando passarinho, sapo, hoje eles já entendem que isso não é bom, eles aprendem a preservar e a valorizar a comunidade”, avalia.

Em 2013 os mutirões da Campanha tiveram início em abril e segue até o final do mês de julho, o trabalho pretende envolver mais de 3.150 crianças e jovens de 110 comunidades rurais de 13 municípios da região da Borborema. A Campanha pela Valorização da Vida na Agricultura Familiar é apoiada pela Action Aid.

Assista à matéria:

 

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