Para tanto, o projeto prevê oficinas, reuniões, encontros comunitários e visitas de intercâmbio, buscando maior sensibilização e envolvimento das famílias agricultoras.
A atividade envolvendo a comunidade de São Bento contou com a participação de 12 agricultores e 17 agricultoras que, de forma coletiva, expuseram suas impressões sobre as mudanças ambientais ocorridas naquela região. Os participantes relataram que o desmatamento reduziu bastante a presença de algumas plantas nativas, tais como baraúna, juazeiro, pereiro e umbuzeiro. Segundo eles, as propriedades hoje sofrem com a perda dessa diversidade, além de perceberem a queda da quantidade de chuva, o aumento da incidência de insetos nas lavouras, a diminuição da produtividade dos cultivos e o aceleramento do processo de nascentes secando.
Após esse relato, os agricultores descreveram como a preocupação em relação ao meio ambiente e à rearborização da propriedade tem levado algumas famílias a adotar práticas agroecológicas para fortalecer essas áreas degradadas. As famílias já diversificam suas propriedades plantando espécies florestais e frutíferas, como é o caso do nim, sabiá, gliricidia, caju, pinha graviola, entre outras. Fazem ainda a cobertura morta e a rotação de culturas favorecendo o equilíbrio da fertilidade do solo.
Foram identificados, entretanto, alguns desafios que devem ser superados para que a situação seja revertida, entre eles, a insuficiência de quantidade de chuvas para favorecer o plantio de árvores e o pouco contato que o Sindicato de Trabalhadores Rurais (STR) do município tem com a comunidade.
A atividade foi encerrada com a elaboração de alguns encaminhamentos. A UFPB, por exemplo, se comprometeu há dedicar um dia para a realização de uma oficina sobre como produzir mudas e quais os benefícios de cada uma. Ao final da oficina, foram entregues mudas de ipê, angico, aroeira, jaca, manga e diversas plantas medicinais para as famílias da comunidade.
Com essas medidas, os agricultores e agricultoras esperam revitalizar o ambiente de suas propriedades, uma vez que sabem que a harmonia com a natureza se reflete na saúde e segurança alimentar das famílias.
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