Com o objetivo de contribuir para a reversão e prevenção dos processos geradores da desertificação e do empobrecimento da população no semiárido brasileiro, a AS-PTA em parceria com o Polo da Borborema, Patac e AVSF, lançou em maio, em Lagoa Seca, o Projeto Terra Forte. A partir da valorização e desenvolvimento de técnicas de uso e gestão dos recursos naturais adaptadas às condições do semiárido, o Projeto Terra Forte irá beneficiar 5.500 famílias agricultoras do Território da Borborema. E espera-se que sejam disseminados aprendizados para 18.800 famílias de agricultores familiares da região e para mais de 700 organizações da agricultura familiar e da sociedade civil que integram a ASA-Brasil.
Ao propor o enfrentamento da desertificação por meio de estratégias que permitem o enfrentamento simultâneo da pobreza rural e da degradação ambiental, o Projeto Terra Forte centrará ações na formação técnica para recuperação de terras degradadas com a implementação de bosques, sistemas agroflorestais e cercas vivas. Incentivará o armazenamento de forragens com a implantação de campos de produção e unidade de beneficiamento e armazenamento de forragem. A recuperação e a gestão da fertilidade terão destaques nesse projeto. Além de um processo de formação, serão experimentadas unidades de enriquecimento de esterco e a promoção de alternativas energéticas.
Ao melhorar as condições e meios de vida dos segmentos sociais envolvidos, a ação centrará esforços na promoção da igualdade entre gêneros, na geração de renda e autonomia para as mulheres agricultoras.
O projeto Terra Forte é co-financiado pela União Europeia.