Durante a ocupação do Território Agroecológico do Polo da Borborema as matas nativas foram sendo aos poucos substituídas pela agricultura. Em paralelo à necessidade de abrir áreas para os cultivos, as famílias agricultoras dependiam das matas para conseguirem madeira para os mais variados usos, principalmente para a produção de lenha e carvão. Diante dessa enorme pressão sobre a vegetação, a paisagem regional foi bastante modificada. O alto grau de desarborização é responsável por vários efeitos negativos para a agricultura e para a população: as terras ficam mais expostas à ação das chuvas e do Sol, provocando erosão, enfraquecimento dos solos e assoreamento de rios; as pragas e doenças das lavouras aumentam; a produção de alimentos cai; escasseiam as fontes de lenha e de madeira bem como de frutas, plantas medicinais e para a alimentação dos animais.
Com o objetivo de reverter esse quadro, agricultores e agricultoras do Polo da Borborema estão rearborizando suas propriedades com espécies que têm várias utilidades nos quintais, nas cercas ou em sistemas de consorciamento com culturas agrícolas e com campos de produção de plantas forrageiras, como a palma forrageira. Dessa forma, além de proverem variados produtos para a geração de renda, as árvores auxiliam no reequilíbrio ambiental em benefício de toda a região.
Restaurar condições ambientais para que a agricultura e a natureza se desenvolvam em harmonia na região é o objetivo da AS-PTA com o seu Projeto Agroecologia na Borborema. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, o Projeto vem permitindo que mais famílias agricultoras desenvolvam formas alternativas e inovadoras para produzir sem destruir a caatinga. Nesse vídeo, os agricultores e agricultoras da Borborema mostram como estão plantando árvores para colher um futuro melhor, uma vida mais digna num ambiente mais saudável.
Assista ao vídeo: