Um viajante que caminhasse há 100 anos pelo Território da Borborema encontraria uma paisagem coberta por uma mata exuberante. No Brejo, tínhamos jatobás, cedros e paus d’arco. No Agreste, havia mororós, mulungus e tambores. Já as baraúnas, catingueiras e aroeiras recobriam o Curimataú.
Com o passar dos anos, essas matas foram sendo substituídas por várias culturas de renda, como algodão, café, fumo, agave, cana e pastagens. Além disso, muitas matas foram derrubadas para a produção de lenha e carvão. O desmatamento provocou vários efeitos negativos para a agricultura e a população da região. Entre eles:
– Exposição das terras ao sol, às chuvas e ao vento, provocando erosão e o assoreamento de rios.
– Aumento de pragas e doenças nas lavouras.
– Enfraquecimento dos solos e queda na produção de alimentos.
– Escassez de lenha e madeira, bem como de frutas, plantas medicinais e para a alimentação dos animais.
– Perda dos conhecimentos tradicionais sobre plantas nativas.
Buscando reverter esse quadro, foi criada a campanha Plantar árvores para colher o futuro. Uma ação promovida pelo projeto Agroecologia na Borborema realizado pela AS-PTA, a campanha tem o objetivo de contribuir para a melhoria das condições ambientais para que a agricultura e a natureza se desenvolvam em harmonia em nossa região. Quem leva à frente essa ideia são agricultores e agricultoras familiares que estão organizando uma Rede de Viveiros para a produção de mudas. Estão também se organizando para coletar sementes de árvores nativas em toda a região da Borborema e, estão buscando formas alternativas e inovadoras de convier sem destruir a caatinga. Juntos, estão plantando árvores para colher um futuro melhor, uma vida mais digna num ambiente mais saudável.
E você, qual futuro quer colher? Faça também parte dessa campanha.