As Caravanas agroecológicas e culturais do Comboio Agroecológico Sudeste configuram-se como uma proposta metodológica no sentido de fortalecer e dar visibilidade para a rede de iniciativas agroecológicas na região. Seu objetivo é anunciar iniciativas e soluções, denunciando conflitos socioambientais nos territórios e seus respectivos desafios.Continuar lendo…
No percurso, os caravaneiros passarão por experiências agroecológicas em todo o estado mineiro, saindo por quatro cantos diferentes, com rotas e visitas diferenciadas até o Vale do Jequitinhonha. Essas iniciativas distintas serão visitadas durante os dias 17, 18 e 19 pelas respectivas rotas. No final do dia 20, as quatro rotas se encontrarão em Araçuaí e permanecerão juntas até o encerramento da caravana no dia 22, sábado.
Nossas Rotas
Espírito Santo – Sai de Alegre/ES e percorre os seguintes territórios: Vale do Rio Doce/Minas Gerais até o Baixo Jequitinhonha. Visitam experiências de articulação com o Centro de Agricultura Tamanduá (CAT), quintal agroecológico e Assentamento do MST Joaquim Nicolau. Depois fazem caminhada de percepção ambiental por um diferente quintal agroecológico, almoçam no Cáritas e apreciam pratos tradicionais. Ao final, seguem para a comunidade quilombola Paraguai e encerram no assentamento do MST Terra Prometida.
Rio de Janeiro – Parte de Seropédica/RJ, percorre a Zona da Mata de Minas Gerais até o Médio Jequitinhonha. Chega na Universidade Federal de Juiz de Fora para uma conversa com o Núcleo de Agroecologia EWÈ, visita o jardim sensorial e tomam café da manhã da experiência Padaria Agroecológica (tocada por agricultores da região). Segue para visita ao Assentamento Dênis Gonçalves no município de Goianá, onde os caravaneiros conhecem a história de resistência e luta pela acesso à terra; seguem para visita à comunidade Quilombola de Botafogo, em Tabulero.
Na Zona da Mata mineira, visitam três experiências agroecológicas e uma Escola Família Agrícola no município de Araponga (EFA Puris). Participa de conversa no Centro de Tecnologias Alternativas (CTA-ZM) sobre a história da agroecologia na região. No dia seguinte, rumo ao Vale do Jequitinhonha, o Comboio RJ chega em Itaobim-MG para pernoite, visita às experiências de articulação da ITAVALE e à noite segue para a cidade de Araçuaí, no Alto do Jequitinhonha.
São Paulo – Sai de Campinas/SP, percorre o Sul e a região Central de Minas Gerais até a Serra do Espinhaço, no Alto Jequitinhonha. Em Córrego do Bom Jesus, o Comboio SP conversa com agricultores sobre a experiência da Associação com agricultura orgânica e sementes; continuam visitando a experiência com manejo do solo e morango orgânico e participam de feira de trocas de sementes.
Em Belo Horizonte visitam experiências da Articulação Mineira de Agricultura Urbana (AMAU) e seguem para o município de Sete Lagoas onde conhecem sistemas agroflorestais (SAFs) em implantação e arranjos com leguminosas forrageiras perenes. Participam de roda de conversa com representantes da Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (apanhadores de flores sempre vivas). Dia 20 chegam a Araçuaí.
Triângulo Mineiro, Noroeste e Norte de Minas – Se aglutinarão em Montes Claros (MG) e seguirão até Turmalina, no Alto Jequitinhonha. Fazem visita a Associação das Escolas Famílias Agrícolas (AEFA) e experiências de agricultura familiar camponesa iniciadas pelo Centro de Agricultura Alternativa (CAA) junto com o Núcleo de Agroecologia da UFMG ICA/MG. Visita ao assentamento America/Grão Mongol, em direção a barragem de Irapé, em Turmalina, para debater a questão energética e territorial. Participam da apresentação do CAV sobre a caracterização da região e vivenciam uma experiência de feira livre, seguida por depoimentos de agricultores. Em seguida, visita a comunidade Morro Branco, em Chapada do Norte. O Comboio Triângulo Mineiro encontra as outras rotas no dia 20 pela noite em Araçuaí.
O encontro das quatro rotas acontecerá no ato programado em Araçuaí, cujo mote é dar visibilidade à Caravana Agroecológica e Cultural do Comboio SE e à luta em defesa da agroecologia como projeto de vida e desenvolvimento territorial. Será feita socialização através das Instalações Pedagógicas com representações lúdicas que deverão despertar sensações, resgatar o que viveram os caravaneiros e trazer à tona o debate e a reflexão sobre os conflitos e resistências encontradas nos territórios visitados.
Ao final, acontecerá um debate com o poder público e será feita uma carta política que marcarão o ato de encerramento da I Caravana Agroecológica e Cultural do Comboio Sudeste.
por Uschi Silva (AARJ) e Mariana Telles Rocha(NIA)
Fonte: www.agroecologiasudeste.wordpress.com