Mais de 100 pessoas lotaram o Cine RT, no município de Remígio na Paraíba, na noite da última segunda-feira, 31 de agosto, no lançamento do documentário “Minha vida é no Meio do Mundo”, produzido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia em parceria com o Polo da Borborema, com direção de Tiago Carvalho. O vídeo retrata, com sensibilidade e emoção, histórias de superação de mulheres agricultoras da região da Borborema, que deixaram para trás quadros de violência e de invisibilidade do seu trabalho na agricultura.
Participaram do lançamento mulheres e jovens dos 14 municípios de atuação do Polo da Borborema, da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) e do Núcleo de Extensão Rural em Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba (NERA/UEPB), além das protagonistas do documentário e seus familiares. Estiveram presentes ainda representantes de organizações que integram a Rede AgriCulturas, uma articulação do campo agroecológico presente em países da Ásia, África, Europa e América Latina que está em visita à região da Borborema.
Dona Maria Isabel do Livramento, do Sítio Pedra Grande, município de Solânea foi uma das agricultoras a emprestar a sua história de vida ao filme. Ela se emocionou ao se assistir no documentário, em sua primeira ida a um cinema: “Quem me viu e quem me vê! Estou hoje aqui vendo a minha história, isso é muito gratificante para mim, antes a gente não era valorizada, hoje passamos a ser”, disse.
Desde 2003, o Polo e a AS-PTA vêm desenvolvendo ações para denunciar e dar visibilidade às desigualdades nas relações entre homens e mulheres e, sobretudo, vêm exercitando estratégias de superação desse quadro. O documentário traz para a tela um encontro de histórias de mulheres que conseguiram, nos seus lares e na ação coletiva, abrir as portas de suas vidas para conquistar um mundo novo, cheio de oportunidades e aberto à construção de novas relações de gênero.
O lançamento foi um momento também de reafirmação desta luta por parte das lideranças do Polo da Borborema: “Eu queria aqui dizer da importância de termos registrado estas histórias nesse vídeo, porque estas histórias aconteciam entre quatro paredes, aí é que está a importância do vídeo: publicizar uma violência que era tida como natural na sociedade, resgatar histórias de vida e de superação dos diversos tipos de violência”, disse Roselita Vitor da coordenação do Polo da Borborema.
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