A Comissão de Sementes Polo da Borborema e a AS-PTA vêm estimulando o aprendizado e a produção de sementes de hortaliças em seu território. Para aprofundar conhecimentos técnicos e trocar experiências quanto a essa produção, foi realizada na última quarta-feira (23), no Centro Agroecológico São Miguel (CASM) em Esperança, mais uma oficina de produção de sementes de hortaliças.
A fim de fazer um levantamento do que vem sendo produzido na região, os agricultores e agricultoras foram socializando com o grupo quais as principais sementes de hortaliças que vem conseguindo produzir e algumas de suas técnicas. Para aprofundar o debate, foram apresentados alguns aspectos gerais de produção como a localização do plantio, rotação de cultivos e a origem e qualidade das sementes.
Marcante em toda a oficina, a troca de experiências entre os próprios agricultores e agricultoras, dialogava com os aspectos técnicos apresentados pela equipe de assessores da AS-PTA. “É mais fácil ter a semente guardada, assim, todo tempo de plantar a gente planta. Eu tenho meu canteiro econômico, que me deixa produzir de inverno a inverno”, diz Ligória Felipe dos Santos, do Sítio Lagoa do Sapo em Esperança. Trazendo sua experiência no cultivo alface crespa, quiabo chifre de bode e do tomate cereja, que segundo Ligória é bem resistente a pragas, ela diz que a produção de sementes de hortaliça já é uma tradição familiar.
Além de técnicas de secagem, acondicionamento e armazenamento de sementes, a oficina trouxe ainda técnicas mais específicas em relação aos cultivos de tomate e alface. Quarta formação nessa temática durante o ano de 2016 e elencada como prioridade pela Comissão de Sementes do Polo, a capacitação regional contou com a presença de agricultores e agricultoras de vários municípios do Polo da Borborema, além das comissões temáticas de Mercados e Saúde e Alimentação.
Um pouco da prática da produção pode ser vivenciada no viveiro do Centro Agroecológico São Miguel, produção de bandejas de mudas e algumas dicas quanto aos substratos e solo a serem usados foram apresentadas. Animados com o que viram durante o dia, os agricultores fizeram da avaliação do encontro um momento de reafirmação da importância da troca de experiências como disse dona Terezinha, “cada um sabe uma coisa e a gente vai aprendendo e ensinando”.
Em 2017 os processos de formação continuam, identificando outras culturas e também mais experiências dos agricultores e agricultoras no campo da produção.