A AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia realizou no dia 05 de fevereiro, a última de uma série de seis oficinas de capacitação sobre boas práticas de comercialização com agricultores feirantes e fornecedores da rede de Quitandas da Borborema. As Quitandas são cinco pontos fixos de comercialização dos produtos advindos da agricultura familiar da região de atuação da AS-PTA e do Polo da Borborema, que já são vendidos nas 12 feiras agroecológicas locais com a marca produtos ‘Do Roçado’, com a chegada dos pontos fixos, a oferta destes alimentos passa a ser diária.
As Quitandas foram implementadas em 2019 nos municípios de Remígio, Esperança, Solânea, Arara e Queimadas com apoio do Projeto “Quitandas Agroecológicas no Território da Borborema-PB”, que conta com recursos da Fundação Banco do Brasil- FBB e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
O ciclo de oficinas de capacitação faz parte das ações do projeto e aconteceu em cada um dos municípios onde estão localizadas as Quitandas. Participaram agricultores agroecológicos jovens, mulheres, integrantes de grupos de beneficiamento e feirantes. A formação tem foco nas boas práticas da comercialização que incluem a produção saudável de alimentos, manejo agroecológico e aperfeiçoamento do beneficiamento dos alimentos.
A atividade do dia 05 de fevereiro aconteceu na Comunidade Mata Redonda, município de Remígio-PB. “A gente sabe que por trás desses produtos, até esses produtos chegarem para a venda, tem as formações e é através delas que vamos melhorando nossos espaços, nossa produção e são também um momento de estar refletindo, nos organizando para levar um produto de qualidade, porque a gente pensa no nosso consumidor e quer estar sempre melhorando” Anilda Batista, do Assentamento Oziel Pereira, em Remígio.
Na capacitação, foram debatidos os avanços e desafios dos primeiros meses de funcionamentos das Quitandas e tirados encaminhamentos para a superação dos entraves, foram tratados ainda aspectos da produção agroecológica, como o manejo agroecológico, as boas práticas do beneficiamento e os caminhos para o intercâmbio e a circulação de produtos que existem em maior quantidade em uma região e porventura não tenham em outra.
“Todo empreendimento leva certo tempo para se firmar, nós estamos indo bem, precisamos dialogar com o público e dizer que a nossa forma de produção é agroecológica, pois existe uma crença de que se alimentar de forma saudável é apenas ‘comer verde’ e não adianta comer assim se está envenenado”, observou Eliane Barbosa, do Assentamento Oziel Pereira.