Durante o IV Encontro de Experiências de Agricultura e Saúde na Cidade EEASC) foi realizado o lançamento coletivo de 7 projetos no âmbito do Plano Integrado de Saúde nas Favelas da Fiocruz (Plano 146x Favelas).
Durante o evento, Bruna Gabriela, representante da Fiocruz, falou sobre o Plano e a aprovação de 56 novos projetos no âmbito da Chamada Pública para Apoio a Ações de Saúde Integral nas Favelas do Rio de Janeiro.
As organizações representantes dos 7 projetos lançados durante o IV EEASC foram: ACECARJ/MPA, AS-PTA, Baía Viva, Favela Verde, Fundação Angélica Goulart (FAG) em parceria com a Cultura Urbana, Providência Agroecológica e Quilombo Dona Bilina em parceria com a Teia da Solidariedade.
O projeto intitulado Agroecologia nas Favelas: Redes Locais Promovendo Saúde é realizado pela AS-PTA em parceria com o CEM, o Verdejar, a FAG, os Amigos da Horta, a AAFA e a AMAVAG/AGROVARGEM. Seu principal objetivo é contribuir para a construção de uma agenda propositiva voltada às práticas agroecológicas, com destaque para a promoção do papel fundamental da agroecologia para a saúde integral nas comunidades cariocas. Essas práticas vão além da produção de alimentos saudáveis, buscando enfrentar os problemas estruturais das favelas como a insegurança alimentar e os desertos alimentares, que resultam no alto consumo de alimentos ultraprocessados.
O projeto visa ainda fortalecer redes locais e experiências locais comunitárias, promovendo a produção, distribuição e consumo de alimentos saudáveis, frescos e diversificados.
As iniciativas contempladas pelo projeto da AS-PTA envolvem nove favelas em cinco territórios estratégicos: 1. Complexo da Penha, 2. Complexo do Alemão, 3. Guaratiba, 4. Vargem Grande e 5. Campo Grande, onde há um forte histórico de inovação comunitária e mobilização em torno da agroecologia.
Com duração prevista até julho de 2025, o projeto tem como uma de suas principais atividades a realização de intercâmbios de experiências agroecológicas, focando na produção comunitária de alimentos e no uso de plantas medicinais. Ao longo desse processo, espera-se envolver diretamente 200 pessoas e alcançar indiretamente 1200, com especial atenção às mulheres pretas e à juventude, dois grupos prioritários no contexto das favelas.
Além das ações de campo, o projeto também pretende organizar uma forte incidência política, levando às esferas públicas e civis a importância da agroecologia para a saúde integral nas favelas.
A partir das experiências sistematizadas, será elaborado um documento com orientações e propostas para fortalecer as políticas públicas na área da saúde e alimentação nas comunidades urbanas tendo a agroecologia como foco.
O projeto Projeto Agroecologia nas Favelas: Redes Locais Promovendo Saúde é realizado pela AS-PTA com o apoio da Fiocruz, como parte do Plano Integrado de saúde nas favelas.