O Convento Ipuarana em Lagoa Seca, recebeu no dia 20 de maio, jovens agricultores do Polo da Borborema em mais um momento de formação. Afim de valorizar e fortalecer o trabalho de rearborização e a rede de coletores de sementes com a juventude, o Seminário contou com a presença de cerca de 40 participantes.
Após a mística de abertura que retratou a produção de mudas, os objetivos do encontro foram apresentados. Entre eles a valorização do trabalho da juventude Camponesa, o trabalho de rearborização com plantas nativas na região, aprofundamento de conhecimentos relativos à coleta e ao armazenamento de sementes, além de um debate sobre a gestão dos viveiros municipais e familiares.
Em seguida, Ana Paula Cândido, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas e integrante da Comissão de Jovens do Polo da Borborema, apresentou o trabalho da Campanha de Fortalecimento da Agricultura Familiar, e sua importância na consolidação da identidade dos jovens e crianças camponesas. O trabalho que acontece desde 2002, está presente em 13 municípios do Polo da Borborema e “vem servindo para dar autonomia aos jovens, além de envolvê-los nos trabalhos das comissões temáticas do Polo”, frisou Ana Paula.
Um quarto momento apresentou perguntas para nortear discussões em grupo. Divididos entre dois ou três municípios, os jovens deveriam responder aos seguintes questionamentos: Como estamos percebendo o meio ambiente em nossa região? E como a juventude está se inserindo no tema da rearborização? A devolução dos grupos, serviu para entender a dinâmica dos trabalhos que vem sendo feitos nos municípios junto com a juventude.
A tarde começou com depoimentos dos jovens agricultores Erivan Alves, do Sítio Floriano em Lagoa Seca e Adailma Pereira, do sítio Capoeiras em Queimadas. A jovem Adailma contou sobre sua experiência de trabalho no Sindicato, a importância da Campanha no fortalecimento da sua identidade como agricultora e ainda seus trabalhos em outras comissões temáticas, como a de rearborização, o que possibilitou que hoje ela seja uma das viveiristas da rede de viveiros do Polo. Suas histórias de vida, seu trabalho como jovens agricultores e a importância da Campanha para eles, fazem dos dois exemplos a serem seguidos pela juventude camponesa da região.
Maria da Penha Batista, responsável pelo viveiro do Videl em Solânea, continuou o debate fazendo um resgate histórico da rede de viveiros do Polo. Apresentando as metodologias do trabalho e os passos que foram dados até o atual estágio da rede, que conta com 7 unidades instaladas e tem capacidade anual de produção de cerca de 130 mil mudas. O momento serviu também como incentivo para que a produção de mudas nativas e consequentemente a rearborização fossem continuadas pelos jovens.
Por fim, foi feita apresentação de uma panorâmica dos trabalhos que vem sendo feitos nos municípios foram elencados encaminhamentos. Entre eles: a ampliação das redes de coletores de sementes nos municípios, reuniões para discussão sobre as gestões dos viveiros, o envolvimento dos pais nas coletas de sementes, a entrega dos kits de viveiristas aos jovens, além de uma oficina regional sobre produção de mudas frutíferas a ser realizado em junho, e visitas de intercâmbio para os estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte nos meses de julho e Agosto.