Nesta terça-feira, 27 de setembro, um Seminário será realizado em comemoração aos 10 anos da Feira Agroecológica de Remígio-PB, no Assentamento Dorothy Stang, a partir das 8h30. A Feira de Remígio é uma das mais antigas da Rede de Feiras Agroecológicas do Polo da Borborema, que agrega 12 espaços de comercialização de produtos da agricultura familiar livre de agrotóxicos e de transgênicos em torno da EcoBorborema, Associação de Feirantes da região. O Polo é uma articulação de 14 sindicatos de trabalhadores rurais que trabalham pelo fortalecimento da agricultura familiar de base agroecológica há 20 anos, com a assessoria da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
O Seminário contará com a presença de mais de 50 pessoas envolvidas como feirantes, consumidores, assessores e lideranças sindicais e está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município em parceria com o Polo da Borborema, a EcoBorborema e AS-PTA.
Histórico
A feira de Remígio teve início no dia 21 de julho de 2006, na Avenida Joaquim Cavalcante. No começo, se utilizava das bancadas de madeiras da feira livre, só depois conseguiu a bancada padrão das feiras que funciona até hoje. “A feira nunca falhou uma sexta-feira. Na safra, todos os bancos são lotados de produtos e, quando chega o verão, as famílias do brejo levam mais produtos, por causa da irrigação. Em 2010, os feirantes foram beneficiados pelo Programa da Articulação do Semiárido P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas), eles além de terem mais água, tiveram a oportunidade de participar de intercâmbios, que favoreceram a multiplicação dos canteiros econômicos e do uso da água servida”, explica Euzébio Cavalcante, presidente do STR Remígio.
Ainda de acordo com Euzébio, desde o início, o forte da feira foi a sua organização, com a realização de reuniões mensais no sindicato com os feirantes e a eleição de uma coordenação da feira. Os recursos adquiridos foram multiplicados com o Fundo Rotativo Solidário que melhorou as bancadas e espaços para a criação de galinhas de capoeira.
“Foram vários seminários com feirantes que favoreceram o crescimento da solidariedade e envolvimento na agroecologia. Os seminários itinerantes fizeram cada família aproximar muito mais uma da outra. Além de momentos de experimentação coletivas que acontecem sempre na produção de sementes de hortaliças, esterqueiras, biofertilizantes e uso do pó de rocha”, complementa Euzébio.
Durante o seminário haverá ainda o lançamento local da Campanha “Não Planto Transgênicos para Não Apagar a Minha História”, que está sendo coordenada pela Comissão de Sementes e pela Comissão de Juventude do Polo da Borborema. Será exibido um vídeo animação explicativo sobre como evitar a contaminação por transgênicos e serão distribuídos outros materiais da campanha como cartazes, cordéis, etc.
Finalizando a programação, haverá uma oficina de empacotamento de sementes para venda e experimentação da debulha do milho pontinha com uso de moinho.
Programação:
8h30 – Abertura
9h – Vídeo: Reportagem sobre feiras agroecológicas e trabalho em grupo: Plenária com apresentação dos grupos e aprofundamento do debate sobre as diferentes ideias de feira na sociedade
10h30 – Apresentação dos dez anos da feira agroecológica de Remígio.
12h30 – Almoço
13h30 – Exibição Vídeo da campanha: “Não planto transgênico para não apagar minha história”
Debate da situação na região e as propostas do empacotamento e do fubá agroecológico para as feiras.
14h – Oficina de empacotamento e uso do moinho para debulha do milho pontinha