Esse foi o recado dado, no ato realizado ontem (13), com a presença de seis candidaturas aos Legislativos estadual e federal
Ontem (13), o Polo da Borborema dialogou com quatro candidatos/as ao Legislativo estadual – Chió (Rede), Olímpio Rocha (PSOL), Cida Ramos (PcdoB) e Jô Oliveira (PT) – e dois ao federal – Estela Bezerra (PT) e Márcio Canielo (PT) – sobre o projeto político em curso no território há 26 anos e que o torna uma região produtora de alimentos de verdade e livres de veneno e transgênicos.
O Polo, um coletivo formado por 13 sindicatos rurais e cerca de 150 associações comunitárias e que gere uma associação regional, a EcoBorborema, e uma cooperativa estadual da agricultura familiar – a CoopBorborema, tem feito esse diálogo com as candidaturas desde 2018.
Dessa vez, o recado dado aos convidados foi construído a partir dos desafios que ameaçam a vida das famílias agricultoras do território. Agricultores e agricultoras falaram sobre a violência contra a mulher; a violência no campo que vem gerando insegurança e migração das áreas rurais para as periferias urbanas; a concentração de terra num território que passou por um processo de reforma agrária nos anos de 1980 e 1990; a ameaça trazida pela invasão das indústrias de produção de energia a partir dos ventos e do sol; e as mudanças climáticas, que tornam o ambiente Semiárido ainda mais árido e desafiador para a agricultura e criação animal.
Mas as denúncias vinham acompanhadas com caminhos para o enfrentamento da situação. E, se não havia uma estratégia clara para superar o desafio, as falas deixaram um recado bem claro para quem pretende representar os paraibanos e paraibanas nos poderes Legislativos: só se constrói políticas públicas ouvindo a sociedade civil e possibilitando o controle social do mandato.
Desse modo, o Polo da Borborema, através das vozes das mulheres, homens e jovens, sublinhou que há um projeto político em construção pela sociedade civil no território e que quer ser ouvido e participar da construção das políticas e programas para enfrentar os diversos desafios que podem por em risco a soberania e segurança alimentar e nutricional conquistadas pelas famílias agricultoras agroecológicas na região.
A iniciativa – Esse diálogo proposto pelo Polo da Borborema é uma iniciativa que está acontecendo em vários territórios do Semiárido. Articulações como a ASA, a ANA e a Rede Ater Nordeste de Agroecologia estão estimulando esses processos de incidência política para que as pautas que dizem respeito à produção e acesso aos alimentos de verdade e livres de venenos estejam na prioridades dos programas e políticas públicas em todas as esferas governamentais – país, estados e municípios – além de estar na agenda do Legislativo nos três níveis.
Confira trechos da fala dos porta-vozes do Polo no ato: