Entre os dias 20 a 23 de novembro, a 12ª edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia – o maior encontro sobre o tema na América Latina – chegou ao Rio de Janeiro com diversas atrações e uma agenda de discussão pautada na temática ‘Agroecologia na Boca do Povo’. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o braço científico da agroecologia.
Ao todo, 10 mil pessoas, das quais 5 mil estavam inscritas, passaram pelas atrações do evento, localizadas nas regiões da Lapa, Centro, Pequena África e arredores. Foram quatro dias de encontros, mobilização e debate para discutir como a agroecologia contribui na garantia de comida saudável para toda a população e ainda colaborar na preservação do meio ambiente.
Quem passou pelo evento pôde conferir a feira de produtos agroecológicos e da agricultura familiar, conferências, palestras, apresentação de trabalhos, roda de conversa, e festivais de cinema, arte e cultura. As atrações ocorreram simultaneamente ao longo dos dias, entre elas ocorreram o Terreiro de Inovações Camponesas; a Cozinha das Tradições; a Ciranda Infantil; a Feira de Saberes e Sabores no Passeio Público; o Festival de Arte e Cultura da Agroecologia e o Festival Internacional de Cinema Agroecológico.
A Ação Contra a Fome, em parceria com a Cozinha do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), distribuiu mais de 2,5 toneladas de alimentos agroecológicos ao longo do evento. Toda essa comida veio das produções agroecológicas dos camponeses organizados pelo Movimento de Pequenos Agricultores, através do apoio da Fundação Banco do Brasil e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal.
No ambiente para as apresentações dos trabalhos científicos e dos relatos de experiências, chamado de Tapiris de Saberes, o CBA reuniu mais de 3 mil iniciativas que contribuem para a construção do conhecimento agroecológico.
Entre eles, relatos de experiências e artigos científicos escritos pela equipe da AS-PTA em parceria com movimentos da sociedade civil e grupos parceiros. Estes trabalhos contaram sobre as ações locais desenvolvidas para fortalecer as experiências de agricultura urbana na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e das famílias camponesas no interior do Paraná e Paraíba.
A programação, cheia de atrações em valorização da agroecologia e promoção da soberania alimentar, contou com mais de 1600 representantes da agricultura familiar, de 48 povos indígenas, comunidades quilombolas e outros povos de comunidades tradicionais.
O enfrentamento à crise climática e o combate à fome só será possível se a construção de caminhos envolver a população afetada e tiver como, base as experiências comunitárias e agroecológicas.
Para saber mais sobre tudo que aconteceu nos quatro dias de CBA, confira aqui a programação completa.