Sobre as sementes transgênicas resistentes a 2,4-D
– Crescimento do número de espécies de plantas espontâneas que desenvolveram resistência ao glifosato tem aberto espaço para outras empresas lançarem sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos.
– A DOW AgroSciences está tentando liberar soja e milho transgênicos resistentes ao 2,4-D e ao glufosinato de amônio, tanto no Brasil como nos EUA.
– O 2,4-D foi usado no agente laranja na guerra do Vietnã e uma vez no ambiente libera dioxinas, que são compostos cancerígenos.
– Esses produtos são da classe toxicológica I, isto é, extremamente tóxicos.
– Há estimativas de que a liberação dessas sementes aumentará em 30 vezes o uso desse herbicida, multiplicando a contaminação ambiental e dos alimentos.
– Estudos mostram uma associação entre o 2,4-D e a ocorrência de linfômas Hodgkin, que são uma espécie de câncer das células brancas, responsáveis pela imunidade do organismo.
– Os herbicidas à base de 2,4-D volatilizam e se dispersam por longas distâncias, afetando drasticamente plantações vizinhas, como no caso dos parrerais.
– A DOW está solicitando no Brasil registro do 2,4-D para aplicação em pós-emergência, mas não informa no pedido de liberação da soja qual será o limite máximo de resíduo nem o intervalo de carência entre a aplicação do produto e sua colheita. Mesmo assim, nos estudos apresentados alega que não haverá nenhum resíduo nos grãos colhidos mesmo com 4 aplicações. Também não apresenta dados sobre os níveis de resíduos quando ambos 2,4-D e glufosinato são aplicados na lavoura.
– Os estudos sobre segurança alimentar dessa soja transgênica foram feitos fora do Brasil pela própria DOW, não foram publicados e não são apresentados na íntegra.
– As avaliações toxicológicas e farmacológicas foram feitas por apenas 15 dias em animais de laboratórios e mesmo assim os estudos originais não foram publicados e não são apresentados.
– Se liberada no Brasil, ajudará a puxar a fila de pacotes “semente + agrotóxicos” de outras empresas, com produtos como glufosinato de amônio, HPPD, dicamba, isoxaflutole, callisto, imidazolinonas, entre outros.
– Se liberada no Brasil, tudo indica que posteriormente seguirá o mesmo caminho na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.