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22 de julho de 2014
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Município de Remígio-PB recebe oficina de formação de Pedreiros Construtores de Cisternas

oficina de pedreirosO Assentamento Queimadas, no município de Remígio, no Agreste da Borborema, região de atuação do Polo da Borborema está recebendo, desde o último dia 14 de julho, a Oficina de Formação de Pedreiros do P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas). No local estão aprendendo a construir uma cisterna do tipo calçadão, dez pessoas, sendo nove homens e uma mulher. O instrutor do curso é Severino Ramos dos Santos, agricultor e pedreiro, morador do assentamento vizinho, o Oziel Pereira. Ele conta que aprendeu o ofício de pedreiro nas formações oferecidas pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) em 2005, e desse tempo para cá, já construiu mais de 20 cisternas de 16 mil litros e 16 cisternas de 52 mil litros, como a calçadão. Severino não esconde a satisfação em poder contribuir com a formação de outros pedreiros: “Estou aqui ajudando para que os meus companheiros também aprendam, pois eu penso que o conhecimento não deve ficar só pra mim, é muito bom repassar o que você aprende. Esse é um trabalho muito importante e precisa de muitos pedreiros, bem queria que toda família tivesse acesso a um benefício como o dessa cisterna”, afirma.

formação pedreiros 1Segundo José Camelo da Rocha, Assessor Técnico do Núcleo de Recursos Hídricos da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e coordenador do P1+2, o objetivo da atividade é contribuir com a formação de pedreiros e ampliar a rede de pedreiros que atua na região: “Nossa intenção é que eles não atuem só como pedreiros, a ideia é que eles sejam, acima de tudo, formadores, capazes de compreender e informar sobre o programa para que possam inclusive, ajudar a formar novos pedreiros. Esses profissionais são muito requisitados e sempre se deslocam para realizar outros serviços na construção civil, por isso a necessidade de estar sempre formando novos pedreiros. Na Borborema a Rede de Pedreiros já conta com cerca de 100 pessoas e sempre estamos precisando de mais pessoas”.

Programação – O primeiro dia de oficina foi mais teórico, dedicado a explicar sobre o funcionamento do P1+2, as etapas da construção, os cuidados com a cisterna e a qualidade da construção e do material. Neste momento foi entregue ao grupo uma cartilha com o passo a passo da construção. A partir do segundo dia, os participantes já iniciaram a construção da cisterna na propriedade de Antônio Fernandes Pereira dos Santos, ou seu “Careca”, como é conhecido. O agricultor, que é viúvo, mora com uma filha e um genro no local e está muito satisfeito com a realização do curso no seu sítio: “Eu fiz questão de ceder o espaço para o curso aqui, porque eu acho muito importante esse trabalho. Além disso, o serviço sai mais rápido com muita gente e o pessoal aprende”, comenta. O agricultor já está cheio de planos para quando a sua cisterna começar a juntar água: “O meu plano é ter uma pequena criação de galinhas e ovelhas e também uma horta, para produzir tudo sem veneno”, explica.

mulher pedreiraMulher pedreira – O ofício de pedreiro construtor de cisternas não atrai apenas homens. Maria das Dores Medeiros dos Santos, ou Lua, como é chamada, é a única mulher do grupo. Ela conta que o interesse por construção surgiu há cinco anos, quando construiu um alpendre na sua casa e tomou gosto: “Eu não achei difícil, não. Acho que o que um homem é capaz de fazer, a mulher também é. Tudo que a gente quer a gente pode fazer, basta querer, por isso eu vim aqui, aprender e quem sabe despertar nas outras mulheres a vontade de aprender também”. O instrutor do curso e os demais colegas pedreiros concordam em afirmar que Lua está se saindo muito bem no curso.

Em 2013 o Polo da Borborema realizou um curso só com mulheres, no município de Queimadas. Estiveram presentes 16 mulheres, incluindo a instrutora, também mulher, com larga experiência na construção desse tipo de reservatório.

Uma cisterna calçadão demora 15 dias para ficar pronta e custa em média 10 mil reais. Para realizar este serviço são necessários dois pedreiros, cada um recebe do programa R$ 1.200 reais como pagamento. O curso de formação de pedreiros em Remígio está previsto para terminar na próxima sexta-feira, 25 de julho.

 

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Tags:água de produção, ASA Brasil, convivência com semárido

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