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27 de outubro de 2014
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Seminário em Lagoa Seca-PB discutirá os transgênicos e a ameaça à agrobiodiversidade

semente paixãoCom o objetivo de refletir sobre a atual conjuntura das políticas de sementes no Brasil e aprofundar o debate sobre os transgênicos e suas ameaças às sementes crioulas, principalmente aquelas de milho derivado do plantio indevido do milho-grão do Programa de Venda Subsidiada da Conab será realizado no Centro de Eventos Marista em Lagoa Seca, na Paraíba, nos dias 30 e 31 de outubro, o Seminário “Os transgênicos e as ameaças às sementes da paixão”. As “Sementes da Paixão” foi como ficaram conhecidas na Paraíba as variedades crioulas, multiplicadas e conservadas pelas famílias ao longo dos séculos, constituindo um patrimônio genético da agricultura camponesa. O Seminário é uma iniciativa da Comissão de Sementes do Polo da Borborema.

Participarão da atividade mais de 60 pessoas, vindas de várias regiões do estado, entre elas representantes da Rede de Sementes da Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) e da Comissão de Jovens do Polo da Borborema. O evento acontece dentro do processo de preparação da VI Festa Estadual das Sementes da Paixão, que acontecerá na Paraíba em 2015 e conta com o apoio do Projeto Sementes do Saber, cofinanciado pela União Europeia.

A programação terá início às 9h da quinta-feira, 30 de outubro, com uma exposição sobre o contexto atual da política de sementes. Será abordado o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e suas oportunidades e desafios, para o trabalho de fortalecimento da produção de sementes crioulas no Semiárido Paraibano.

No período da tarde, será tratado o tema das sementes transgênicas e as ameaças as variedades crioulas, as “sementes da paixão”. “O que são transgênicos? A quem interessa os transgênicos? Como são produzidas as sementes transgênicas? Quais são os resultados obtidos em campo com o plantio dos transgênicos?”, são algumas das questões que serão levantadas. Esse momento será seguido de um debate sobre o que pode ser feito para preservar as sementes da paixão livres da contaminação das sementes transgênicas.

Testes de contaminação – O segundo dia do evento será dedicado à realização de testes a partir das amostras de milho trazidas por representantes dos vários bancos de sementes comunitários do estado da Paraíba. A ideia é montar uma estratégia de produção de sementes livres de transgênicos. “Sabemos que o milho-grão dos armazéns da Conab, produzido no cerrado brasileiro, foi plantado a partir de sementes transgênicas. Nossa intenção é fazer um mapeamento do grau de contaminação das sementes da paixão para adotar estratégias de proteção das sementes crioulas. O teste é feito em mais ou menos 10 minutos, a técnica consiste em triturar os grãos com água em um liquidificador e colocar em contato com uma solução aquosa até diagnosticar por meio do auxílio de uma fita sensível o resultado como positivo ou negativo da contaminação por transgênico”, explica Emanoel Dias, assessor técnico da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia que acompanha o trabalho da Comissão de Sementes do Polo. Em seguida, serão entregues certificados aos agricultores e agricultoras guardiãs das sementes livres de contaminação dos transgênicos. O evento será encerrado com um trabalho em grupo que vai levantar estratégias para continuar o monitoramento da contaminação dos transgênicos nos diferentes territórios de atuação da ASA Paraíba.

Riscos à Agrobiodiversidade – De acordo com Gabriel Fernandes, assessor técnico da AS-PTA e coordenador da Campanha “Por um Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos”, quem compra uma semente transgênica fica proibido de replantá-la, devendo comprar sementes a cada novo plantio, tendo a sua liberdade e sua autonomia ameaçadas: “Para garantir essa dependência as empresas patentearam essas sementes modificadas, se tornando ‘donas’ delas. Não contentes, querem ainda liberar as sementes estéreis, ou seja, aquelas que produzem grãos que não são capazes de nascer novamente. Os transgênicos só reforçam o modelo de desenvolvimento baseado na monocultura, na simplificação e na uniformização dos ambientes. O que, com certeza, vai fragilizar os cultivos, deixando-os mais vulneráveis ao ataque de pragas e doenças e aos períodos de seca”, explica.

 

Programação
30 de outubro
9h – Mística de abertura, apresentação dos participantes
9h30 – Contexto sobre a atual conjuntura da política de sementes
12 – Almoço
14h – Os transgênicos e as ameaças às sementes da paixão
17h – Encerramento

31 de outubro
8h – Realização dos testes de contaminação com as variedades de milho trazidas dos diferentes BSC.
10h – Trabalho em Grupo: Definir estratégias para monitoramento da contaminação dos transgênicos nos diferentes territórios de atuação da ASA Paraíba
13h – Encerramento.

 

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Tags:sementes crioulas, Sementes da paixão, transgênicos

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