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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS
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Soja na mamadeira: exposição precoce a fitoestrógenos pode levar a infertilidade
Número 599 – 31 de agosto de 2012
Car@s Amig@s,
Há algumas décadas a soja vem sendo promovida como ícone da alimentação saudável e natural. Especialmente, é recomendada por médicos e nutricionistas para mulheres sofrendo os efeitos da menopausa, e também para bebês e crianças que, devido a alergias hoje estranhamente frequentes, são impedidas de se alimentar com o tradicional leite de vaca.
Curiosamente, poucos param para pensar: a mesma soja cujos fitoestrógenos (substâncias que no organismo humano imitam o estrogênio – hormônio feminino) são capazes de diminuir significativamente os sintomas relacionados à menopausa não poderia também provocar efeitos hormonais nos bebês e crianças que a ingerem diariamente na mamadeira?
Apesar de pouco divulgado, o assunto já começa a ser pesquisado. No último ano foi publicado na revista científica Biology of Reproduction um estudo que usou modelos experimentais com animais para testar os efeitos da exposição a fitoestrógenos durante o desenvolvimento fetal e a fase neonatal. Os resultados sugerem que a exposição aos químicos estrogênicos no útero ou durante a infância tem o potencial de afetar a fertilidade feminina na fase adulta.
Os autores revisaram estudos quantificando a exposição a fitoestrógenos em adultos humanos e crianças e discutiram os poucos estudos epidemiológicos disponíveis que avaliaram as consequências de longo prazo da exposição a fitoestrógenos durante a fase de desenvolvimento. Foram então descritos em detalhe modelos com roedores para a avaliação da exposição, durante a fase de desenvolvimento, ao fitoestrógeno mais prevalecente em produtos de soja, a genisteína, e os efeitos dessa exposição nas funções reprodutivas de fêmeas. Esses modelos usaram várias estratégias de dosagem para imitar os níveis de fitoestrógeno em populações humanas, buscando simular os efeitos das fórmulas infantis a base de soja sobre crianças.
Tomados em conjunto, os estudos com roedores demonstram claramente que doses ambientalmente relevantes de genisteína provocam efeitos negativos significativos na diferenciação de ovário, no ciclo estral (cio) e na fertilidade. Ao final, os autores apontam a necessidade da realização de estudos adicionais sobre a função reprodutiva em populações humanas expostas a altas doses de fitoestrógenos durante a fase de desenvolvimento.
Os fatos merecem, no mínimo, uma boa reflexão. E, na dúvida, nada em exagero convém – muito menos soja que, como se não bastasse, hoje contém genes estranhos e está banhada de agrotóxicos.
Com informações de:
Exposing Fetus To Plant Estrogen May Lead To Infertility In Women – MNT – Medical News Today, 04 May 2012.
Wendy N. Jefferson, Carmen J. Williams. Circulating levels of genistein in the neonate, apart from dose and route, predict future adverse female reproductive outcomes. Reproductive Toxicology, Volume 31, Issue 3, April 2011, Pages 272–279.
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Neste número:
1. Justiça de Córdoba (Argentina) condena pulverização de agrotóxicos próxima a bairros povoados
2. Agrotóxicos em monocultura de eucalipto intoxicam mais de 30 geraizeiros no Norte de Minas
3. Europeus podem vetar carne brasileira
4. Justiça manda Nestlé informar uso de transgênico
5. Embrapa investe 4% do orçamento em agricultura familiar
A alternativa agroecológica
Lançamento da distribuição de sementes crioulas no Paraná
Dica de fonte de informação:
O dossiê da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) sobre os agrotóxicos, que reúne os resultados de diversas pesquisas feitas em várias regiões do Brasil avaliando os efeitos dos agrotóxicos sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas, foi tema dereportagem veiculada pelo programa Globo Rural em 26/08. A reportagem também foi ao Ceará para mostrar uma das pesquisas que fazem parte do dossiê, que relaciona o uso de agrotóxicos com a contaminação da água e o aumento do número de casos de câncer. Vale a pena conferir.
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1. Justiça de Córdoba (Argentina) condena pulverização de agrotóxicos próxima a bairros povoados
Numa condenação considerada histórica, a justiça da cidade de Córdoba declarou delito penal as pulverizações com agrotóxicos em campos de soja cerca de bairros povoados. E condenou duas das três pessoas que foram levadas aos tribunais.
Trata-se do emblemático caso do bairro Ituzaingó Anexo, onde há 12 anos as famílias denunciam mortes e lesões em consequência do uso de agrotóxicos.
Sobre uma população de cinco mil habitantes, entre 2002 e 2009 morreram 272 pessoas, 82 delas de câncer. No mesmo período foram registrados 272 abortos e 23 crianças nasceram com malformações congênitas. Até setembro de 2010 se registram 143pessoas com câncer.
A pena, em si, foi uma decepção. Os moradores queriam cadeia para os produtores agropecuários Jorge Alberto Gabrielli e Francisco Parra, e para o agente pulverizador Edgardo Jorge Pancello, por usarem o herbicida glifosato e o inseticida organoclorado endosulfan.
Mas a Câmara do Crime de Córdoba impôs três anos de prisão condicional para Parra e Pancello, e absolveu Gabrielli por falta de provas.
A sentença indica também que Parra tem que fazer trabalhos comunitários durante quatro anos e não pode usar agroquímicos por oito. Pancello também deverá fazer serviços comunitários e ficou inabilitado para aplicar produtos agroquímicos durante dez anos.
Mesmo assim a condenação é importante, porque pela primeira vez a atividade de pulverização com agrotóxicos cerca de áreas urbanas foi considerada um delito na Argentina – e na América Latina.
Isso estabelece jurisprudência para todo o continente, onde há milhares de ações contra produtores rurais, e pode chegar a alcançar as multinacionais fabricantes de agrotóxicos.
A luta em Córdoba começou pela determinação de uma das mães do bairro, Sofía Gatica, que em 1997 perdeu um bebê que havia nascido sem os rins. Ela demorou a juntar uma coisa com a outra, até que percebeu um número pouco usual de mulheres com lenços na cabeça e crianças com máscaras a caminhar por Ituzangó.
Sozinha, começou um levantamento, e já naquele ano detectou 97 pessoas com câncer só no seu bairro! Hoje se sabe que a taxa de câncer na região é 30 vezes maior que a média nacional (dados da Organização Panamericana de Saúde) e que das 142 crianças entre dois e seis anos da localidade, 80% têm agrotóxicos no organismo: chumbo, arsênico e PCB (elemento presente em transformadores elétricos), entre outros. (Outros dados em Juicio a La Fumigación).
Os cultivos transgênicos na Argentina, sujeitos à pulverização, cobrem 22 milhões de hectares e afetam, direta e indiretamente, a 12 milhões de habitantes. Mas o tema não é preocupante somente aqui.
Há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Apenas na safra de 2011 foram usados 835 milhões de litros de herbicidas, fungicidas e inseticidas. O consumo por habitante chega a cinco quilos de agrotóxico por ano.
É de parar para pensar.
Gisele Teixeira é jornalista. Trabalhou em Porto Alegre, Recife e Brasília. Recentemente, mudou-se de mala, cuia e coração para Buenos Aires, de onde mantém o blog Aquí me quedo, com impressões e descobrimentos sobre a capital portenha.
Blog do Noblat (O Globo), 29/08/2012.
2. Agrotóxicos em monocultura de eucalipto intoxicam mais de 30 geraizeiros no Norte de Minas
Diversos casos de intoxicação foram relatados por famílias moradoras do Assentamento Vale do Guará, no município Vargem Grande do Rio Pardo. Cerca de 30 pessoas entre crianças, jovens e adultos sentiram diversos sintomas depois que um avião pulverizador de agrotóxicos passou por uma enorme plantação de eucalipto. Segundo as vítimas, um inseto parecido com um piolho chegou a infestar as casas dos moradores provavelmente vindo da área de monocultura de eucalipto. Porém, a aplicação do defensivo por parte dos donos da plantação acabou poluindo o ambiente causando grande mal estar entre as diversas pessoas.
O posto de saúde mais próximo ficou pequeno para tantas pessoas, todas com os mesmos sintomas. Náuseas, febre, vômitos, coceiras na pele foram os sintomas mais comuns. Pessoas que já tinham a saúde frágil ainda tiveram maiores complicações com a baixa imunidade, acabaram tendo ataque de outras doenças como gripes, resfriados e até alergia.
O pior de tudo é que as famílias não têm para quem denunciar. Segundo eles, até pensaram em reclamar para o Conselho Municipal de Meio Ambiente, o Codema, porém, proprietários das monoculturas de eucalipto possuem assento no conselho. Segundo eles, a situação é de injustiça e impunidade.
Povo tradicional em luta – A região faz parte do território tradicional dos geraizeiros. Os Assentados do Vale do Guará afirmam que esse não é o único mal que a monocultura de eucalipto traz. Segundo eles, muitas nascentes da região secaram ou estão comprometidas desde que o eucalipto chegou à região. Eles acreditam na importância da preservação do meio ambiente e que é possível gerar renda a partir do manejo sustentável da região, valorizando as potencialidades como o extrativismo de frutos do cerrado, entre outros. Eles estão na luta junto com outras comunidades do entorno que têm o mesmo propósito para a criação da Reserva Extrativista – Resex Areião. Um dos objetivos da criação da reserva é para garantir a proteçã o da área que, além de ser referência de suas culturas, abriga uma grande biodiversidade e diversas nascentes da região. (…)
As comunidades reivindicam que os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização do uso de agrotóxicos – Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde, Anvisa, Ibama, SEMAD, Secretaria de Agricultura, Secretaria da Saúde e Ministério Público – façam de imediato uma fiscalização conjunta no sentido de coibir as pulverizações, promover ações de proteção da saúde das comunidades geraizeiras que vem sendo impactadas pela monocultura do eucalipto. E que o ICMBio decrete de imediato a criação da RDS / RESEX Areião Vale do Guará.
Articulação no Semiárido Mineiro – ASA Minas, 16/08/2012.
3. Europeus podem vetar carne brasileira
As autoridades europeias ameaçam suspender as importações de carne brasileira caso dois promotores de crescimento para bovinos, recentemente liberados no país, comecem a ser comercializados antes que se comprove a existência de um sistema de segregação da produção que garanta à União Europeia receber apenas gado abatido que não tenha consumido esses produtos
UE alerta que pode barrar importação de carne bovina
Quase sete anos após um foco de febre aftosa ter restringido os embarques de carne bovina para a União Europeia, os frigoríficos brasileiros e o governo federal receberam um alerta das autoridades europeias: as exportações da proteína animal para o bloco serão suspensas imediatamente, caso o Brasil inicie a comercialização de dois promotores de crescimento para bovinos, recentemente liberados no país, sem comprovar a existência de um sistema de segregação da produção.
Proibidos na União Europeia, os dois aditivos da classe dos beta-agonistas (cloridrato de zilpaterol e ractopamina), aprovados pelo Ministério da Agricultura no fim de junho, causaram mal-estar entre os exportadores brasileiros, que pediram a suspensão das vendas. As farmacêuticas que fabricam os aditivos – as americanas MSD Saúde Animal, da Merck, e Elanco – estão em plena campanha para a divulgação dos novos produtos.
Na terça-feira, o Ministério da Agricultura atendeu aos apelos da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e fechou um acordo com as duas farmacêuticas. A contragosto, as multinacionais concordaram em iniciar efetivamente as vendas somente após a Comissão de Saúde do Consumidor da UE (DG Sanco, na sigla em inglês) receber as garantias de que o Brasil possui um sistema de segregação conhecido como “split system”.
Em carta enviada em 1º de agosto à DG Sanco, o chefe da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Ênio Marques, explicou que os produtos ainda não estão sendo vendidos no Brasil e “somente o serão após a aceitação pelo lado europeu do sistema de segregação”.
Procurado pelo Valor, Marques garantiu que o produto só será liberado para venda quando a União Europeia confiar no sistema, que será apresentado pelo Brasil no fim do mês. “O setor privado está criando um sistema para esclarecer como haverá a diferenciação entre quem faz uso ou não dos promotores de crescimento”, disse.
Segundo ele, os europeus são contra o uso da tecnologia para ganho de produção. O zilpaterol e a ractopamina – já autorizada para a produção de suínos – podem proporcionar um ganho entre 10% e 15% no peso do animal pronto para o abate.
Quando o sistema brasileiro for aprovado, a responsabilidade de enviar um produto dentro das características exigidas pelos europeus ficará por conta dos frigoríficos. “O produtor vai preparar o lote de acordo com o que o comprador exige. O ministério analisará a documentação apresentada pelo produtor e baterá o martelo”, explicou Marques.
A forma de fiscalizar o uso do produto será “simples”, segundo o secretário. “Os promotores só podem ser utilizados em animais confinados e desde que sejam misturados a uma tonelada de alimento. Porém, são poucos os frigoríficos que têm equipamentos capazes de fazer a mistura de uma só vez”, explicou ele.
Ciente do mal-estar, uma fonte da indústria disse ao Valor que não é contra os aditivos, mas que as farmacêuticas e o próprio governo não poderiam autorizar o produto sem encontrar uma alternativa para a resistência europeia. “Eles tinham que ter pensado nessa questão antes sair vendendo. Agora, vamos sentar junto para elaborar o sistema”, disse.
“O Brasil não pode se negar a usar tecnologia, mas também não posso me dar ao luxo de perder um mercado que compra os cortes mais nobres por um bom preço”, acrescentou. No ano passado, as exportações de carne bovina para a União Europeia somaram 109,9 mil toneladas, que renderam US$ 836,3 milhões, segundo dados da Abiec.
Entre janeiro e junho deste ano, os embarques totalizaram 51 mil toneladas, para uma receita de US$ 364,5 milhões. A restrição do bloco europeu tem condições, ainda, de influenciar as exportações para outros mercados. “A União Europeia é referência. Outros países, como Rússia e Irã, podem criar semelhantes restrições”, explicou a fonte.
A missão veterinária russa que fiscalizou frigoríficos no país em visita encerrada na semana passada já deixou claro ao governo brasileiro que não aceita o uso dos indutores de crescimento na carne bovina. Também avisou, extraoficialmente, que não vão mais aceitar seu uso na carne suína, atualmente liberado.
Valor, 06/08/2012.
N.E.: É notável que a única preocupação do governo brasileiro relacionada aos promotores de crescimento bovino se refira às dificuldades para a exportação da carne. Não caberia perguntar que motivos embasam a resistência dos europeus e outros povos à carne turbinada? O que faz mal à saúde deles não faz mal à dos brasileiros também?
4. Justiça manda Nestlé informar uso de transgênico
A Justiça concedeu liminar determinando à Nestlé Brasil Ltda. que informe de forma expressa e legível nos rótulos das embalagens a presença de organismos geneticamente modificados (OGM) na composição de seus produtos, indicando o percentual da modificação. A liminar também determina que a informação no rótulo deve conter o sinal gráfico designativo de alimento transgênico (T, em letra minúscula, inserido em triângulo com fundo amarelo), acompanhado da expressão ´transgênico´. Foi fixada multa no valor de R$ 5 mil por produto encontrado no mercado em desconformidade com a decisão judicial.
A liminar foi dada na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A análise de produtos constatou organismos geneticamente modificados na composição do biscoito recheado ´Bono´, sabor morango, fabricado e comercializado pela Nestlé. Embora mais da metade da soja utilizada na fabricação do biscoito seja transgênica, isso não é informado na embalagem do produto, conforme foi apurado em inquérito civil.
Para o Ministério Público, a falta dessa informação contraria o Código de Defesa do Consumidor, especificamente o artigo 31 que trata de informações relevantes que devem ser fornecidas aos consumidores. Em sua decisão, o juiz Tiago Ducatti Lino Machado, da 39ª Vara Cível Central, fundamenta que ´a ação do Ministério Público não produz ingerência qualquer na linha de produção da ré [Nestlé] a ponto de afetar o seu equilíbrio financeiro, apenas busca amoldá-la aos ditames positivos da lei 8.078/90 [Código de Defesa do Consumidor] na preservação dos interesses dos cidadãos do país´.
DCI, 17/08/2012.
5. Embrapa investe 4% do orçamento em agricultura familiar
Segundo presidente do Simpaf, setor não é tratado com prioridade, embora responda por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se apresenta publicamente como uma instituição que tem como missão “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira.” No entanto, interesses comerciais parecem sobrepor a função assumida pela estatal. É o que alerta o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Vicente Almeida.
Ele diz que há relatos de que a Embrapa estaria ingressando no continente africano para representar interesses de grandes corporações, como a fundação Bill Gates. Além disso, falta incentivo para projetos na área de agroecologia. Segundo Almeida, embora a agricultura familiar seja responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, somente 4% dos recursos aplicados na empresa no ano passado foram destinados para pesquisa no setor.
A Embrapa, fundada em 1973, está vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. É considerada uma das principais empresas no desenvolvimento de pesquisas na região tropical. Em entrevista a Radioagência NP Vicente Almeida analisa o papel desta empresa pública que detêm a 4ª maior reserva genética de alimentos de origem animal e vegetal.
Leia na íntegra a entrevista concedida por Vicente Almeida à Radioagência NP, publicada em 29/08/2012.
A alternativa agroecológica
Lançamento da distribuição de sementes crioulas no Paraná
No dia 19 de agosto, durante a V Feira Municipal de Sementes Crioulas e da Biodiversidade do Município de São João do Triunfo (PR), foi realizado o lançamento oficial da distribuição das sementes crioulas produzidas para o Projeto de Compra de Sementes para Doação Simultânea (PAA/Conab). Para cerimônia, reuniram-se na comunidade de Pinhalzinho os agricultores e agricultoras produtores de sementes, agricultores e agricultoras beneficiários, autoridades locais e regionais, além de representantes da Companhia Nacional de Abastecimento(Conab) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Cada família beneficiária receberá 20 quilos de sementes da variedade de sua preferência com o compromisso de multiplicar para que garanta autonomia para os novos plantios.
Desde o dia 15 de agosto, os grupos de agricultores familiares da Comunidade de Guaica Preta do município de São João do Triunfo se reuniram para preparar, classificar e embalar mais de 6 mil quilos de sementes crioulas de milho.
Essa iniciativa faz parte do Projeto desenvolvido pelos agricultores ligados à Cooperativa de Agricultores Familiares Ecológicos de São Mateus (Cofaeco) e à Cooperativa de Agricultores Familiares de Palmeira (Cafpal) para o PAA modalidade Doação Simultânea Safra 2011/2012 da Conab. Por meio desse projeto serão distribuídas, em 7 municípios, 67 toneladas de sementes de 16 variedades de milho. Mais uma vez, esse Programa vem garantir a valorização e a conservação do patrimônio genético local ao disponibilizar sementes adaptadas à região.
A partir do dia 20 de agosto, as sementes estarão disponíveis para entrega nos sindicatos de cada município: Ponta Grossa, Palmeira, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, São João do Triunfo São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Rio Azul, Cruz Machado, no Paraná e em Santa Cataria, Irineópolis, e Bela Vista do Toldo.
AS-PTA, 20/08/2012.
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Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
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