A cidade cresce e avança cada vez mais sobre a área rural. Onde havia lavoura anos atrás, agora encontramos concreto. O estado do Rio de Janeiro é uma das áreas mais urbanizadas do Brasil. A baixada fluminense e os subúrbios do Rio de Janeiro que formam a maior parte da região metropolitana do estado, são um bom exemplo do que o crescimento urbano desenfreado pode gerar: prédios para todo lado, favelas, imensas comunidades, gente para mais de metro, violência, confusão e muita desigualdade social.
A alma camponesa, porém, resiste em áreas rurais ainda existentes e mesmo dentro da cidade maravilhosa. A vontade de plantar supera as dificuldades impostas pelo crescimento da selva de pedra. Em meio à especulação imobiliária na região metropolitana, permanecem iniciativas de famílias que procuram resgatar seus laços com a natureza, fazendo de suas roças uma alternativa de geração de renda e de produção de alimentos. Seja em propriedades familiares e terrenos em torno das cidades, em quintais ou até mesmo em lajes, a roça persiste, conservando práticas e valores de homens, mulheres e jovens agricultores.
Leia a cartilha: A cidade e a roça: semeando agroecologia