Há trinta anos, durante a Ditadura Militar, no Semiárido, um milhão de pessoas morriam em decorrência dos efeitos da seca e da total ausência do Estado. Centenas de milhares migravam de suas terras em tristes partidas para outras regiões. Aquela realidade ficou no passado. Vivemos hoje o quinto ano de uma estiagem ainda mais severa e nenhum ser humano teve sua vida ceifada pelos efeitos da seca. Esta nova realidade resulta de políticas de convivência com o Semiárido, pautadas nas estratégias e práticas construídas e desenvolvidas pelos muitos povos do Semiárido que se articulam na ASA.
Enfrentamos, no momento presente, duros golpes contra nossas conquistas e nosso futuro. Profundos cortes orçamentários vêm sendo feitos nos programas sociais, inviabilizando políticas de apoio à agricultura familiar, a povos e comunidades tradicionais, a garantia de segurança alimentar e nutricional. Mesmo assim, seguimos unidos na luta por um modelo de desenvolvimento que fortaleça uma nação soberana e democrática. É NO SEMIÁRIDO QUE A VIDA PULSA, É NO SEMIÁRIDO QUE O POVO RESISTE!
Leia, na íntegra, a carta publicada durante o IX Encontro Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro.