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27 de janeiro de 2020
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Comissão de Sementes do Polo da Borborema debate o fortalecimento de consórcios agroecológicos e revitalização de culturas de renda na região

A Comissão de Sementes do Polo da Borborema realizou no dia 23 de janeiro, sua primeira reunião de 2020, com representantes dos mais de 60 Bancos de Sementes Comunitários do território de atuação do Polo, uma articulação de 13 sindicatos de trabalhadores rurais. O encontro teve como objetivos debater a implementação de uma nova ação no território que visa o fortalecimento dos consórcios agroecológicos e a revitalização de antigas culturas de renda no território da Borborema, a exemplo do algodão, da batatinha, da mandioca e da erva-doce, todas em bases agroecológicas.

Divididos em grupos por regiões e seus microclimas, os participantes fizeram desenhos dos seus roçados diversificados e descreveram as formas de plantio e manejo dos consórcios mais comuns, em seguida apresentaram para a plenária e fizeram observações do conjunto. “A gente percebe muitas diferenças no ambiente, em um lugar a chuva é mais prolongada, no outro já é mais passageira, em um as folhas costumam a cair, no outro já não, são diferenças ambientais importantes e as pessoas vão aprendendo a conviver e se adaptando a partir das características do seu lugar”, observou Euzébio Cavalcanti, do Assentamento Queimadas, e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Remígio.

A iniciativa dos consórcios agroecológicos visa ainda o fortalecimento da ação com as sementes locais, ou ‘Sementes da Paixão’, como são conhecidas na Paraíba, promovendo a ampliação do beneficiamento e empacotamento dos derivados do milho não transgênico e das sementes crioulas e o resgate de variedades das Sementes da Paixão. “É preciso que os consórcios estejam vinculados aos Bancos de Sementes Comunitários, o trabalho será feito nos locais onde já existem os bancos, até para ajudar a animar aqueles onde existe alguma dificuldade”, explicou Emanoel Dias, assessor técnico do Núcleo de Sementes da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.

O projeto beneficiará 200 famílias ao final de dois anos e meio e conta com o apoio do Instituto C&A. Para a comercialização específica do algodão, existe a parceria com a Organic Cotton Collors, que após diálogo estabeleceu uma série de acordos com o projeto, entre eles o de não comprar de famílias que não estejam articuladas em grupo e o de pagar um adicional de 30% no valor do produto orgânico certificado ou em transição agroecológica.

Ainda em 2019, em uma ação piloto, 12 famílias da região venderam sua produção que somada chega a seis hectares em sistemas de consórcios de algodão agroecológico por um valor de R$ 7.150, apenas da pluma, pois o caroço foi devolvido para que sejam usados na alimentação das criações e para o plantio do ano seguinte.

No encontro, foram definidas ainda com o grupo um conjunto de atividades de acompanhamento e monitoramento da Rede de Bancos do Polo da Borborema. Além de algumas atividades municipais para sensibilização da organização dos consórcios agroecológicos.

Ao final da reunião, foi feito o lançamento da Cartilha de Receitas de Milho da Paixão, 100% livre de transgênicos e agrotóxicos, criada para divulgar a produção do milho crioulo e valorizar as receitas das agricultoras e agricultores que trabalham com beneficiamento.

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Tags:agricultura familiar, Agroecologia, Algodão agroecológico, Consórcios Agroecológicos

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