No Quilombo do Camorim, os vestígios históricos materiais mais sobressalentes correspondem à história colonial do Brasil, da qual também há inúmeros registros de arquivos pesquisados pelos historiadores.
Em termos materiais, destaca-se a Igreja de São Gonçalo do Amarante que está em pé e foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (INEPAC) em 1965. A igreja foi construída em 1625 por Gonçalo de Sá Correia, filho do governador da cidade do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá.
A partir da pequena igreja se rastreia a história da sesmaria onde foi instalado o Engenho do Camorim, um dos muitos engenhos de escravos da planície de Jacarepaguá. Lá, foi registrada a plantação de canaviais para a produção de açúcar e aguardente a partir do trabalho dos africanos escravizados. Alguns escravizados compravam sua alforria e se tornavam foreiros que arrendavam as terras dos monges. As últimas alforrias foram concedidas em 1871 pouco antes do fim da escravidão.
Através do eixo sociocultural do Projeto Sertão Carioca: Conectando Cidade e Floresta, executado pela AS-PTA, realizamos um conjunto de oficinas participativas de Cartografia Social que narram essa história a partir do olhar dos quilombolas que residem lá hoje.
Confira!
Cartografia Social – Guardiães de Sankofa – Quilombo do Camorim