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POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÊNICOS
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Car@s Amig@s.
No dia 15 de março será comemorado o Dia Internacional do Consumidor e o tema dos transgênicos foi o escolhido para as comemorações deste ano. Em todo Brasil estarão ocorrendo manifestações organizadas pelo IDEC-Instituto de Defesa do Consumidor e as demais entidades da campanha “Por um Brasil Livre de Transgênicos”.
No Rio de Janeiro, está sendo organizado pela Comissão de Meio Ambiente da ALERJ, a ONG Defensores da Terra, a AS-PTA, entre outras instituições, uma manifestação contra os transgênicos, às 9:30 na Cobal do Leblon.
Lembramos que o prazo para a coleta de assinaturas a “Carta Aberta ao Congresso Nacional e ao Governo Federal” pedindo a moratória para o plantio comercial de produtos transgênicos foi adiado também para 15 de março. A carta aberta foi divulgada na íntegra no boletim número 02.
Quanto ao prazo para o envio de sugestões para a Consulta Pública sobre Rotulagem a data limite foi adiada para o dia 10 de março. Uma carta padrão com sugestões ao governo pode ser encontrada no site do IDEC http://www.idec.org.br. Quem desejar consultar o documento da Consulta Pública e contribuir com suas próprias sugestões é só acessar a página do Ministério da Justiça http://www.mj.gov.br
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Nesta edição:
1. Aumenta a resistência aos OGMs do setor avícola
2. Mais protestos contra o uso de transgênicos na produção de avícola
3. A União Européia e o Princípio da Precaução
4. ” Os falsos alimentos da sociedade de consumo: seus efeitos na saúde”
5. Carrefour compra soja convencional do Brasil
6. Embrapa faz testes no Rio Grande do Sul
7. Suiça ainda em cima do muro
8. Militantes impedem desembarque
9. Primeiro-Ministro da Inglaterra admite perigo dos transgênicos
10. Encontro discute transgênicos
11. Testes rápidos e baratos identificam OGMs Grita das multis
12. EUA devem plantar menos transgênicos
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1. Aumenta a resistência aos OGMs do setor avícola
No oeste da França, o número de industriais que demanda produtos sem OGMs não para de crescer. O grupo Doux, instalado no Brasil, recebeu 20.000 toneladas de soja não transgênica. Destas, 500 toneladas alimentaram as aves de marca de Jazé e o resto será distribuído a outras da região.
O “Groupe Glon Sanders” anunciou que seus primeiros ovos de aves criadas somente com a “soja de Pays” (não transgênicas) estão a venda a partir de fevereiro sob a marca Matines. Para ser considerada “soja du Pays” esta deve passar por 59 análises.
A empresa Triballat que produz as sobremesas e as bebidas Soja Sun não utiliza soja geneticamente modificada e impos a seus transportadores severas normas de transporte a fim de evitar qualquer tipo de poluição transgênica.
Ouest France, 22/01/00
2. Mais protestos contra o uso de transgênicos na produção de aves
Militantes do Greenpeace fizeram uma manifestação diante da sede da Migros em Zurich para protestar contra a utilização de cereais transgênicos na alimentação das aves portanto a marca Migros-Sano. O fato é que a empresa garante uma produção integrada e muitos consumidores a vêem como produto bio. A empresa agora estuda a maneira de eliminar os OGMs na sua fabricação.
Le Temps, 2/02/00
3. A União Européia e o Princípio da Precaução
A Comissão européia adotou uma comunicação sobre o recurso ao princípio da precaução. As comunicações são textos , sem efeitos jurídicos, nas quais a Comissão indica as opções que ela assumirá nos futuros regulamentos e diretivas.
A Comissão afirma que o princípio da precaução é parte integrante de uma abordagem estruturada para a análise e gestão do risco. O princípio cobre os casos onde os dados científicos são insuficiente, poucos conclusivos e onde uma avaliação científica mostre que deve-se temer que os efeitos potencialmente perigosos sejam incompatíveis com o nível de proteção desejado por uma nação.
http://www.infom/legis/EU-comm-pdp.pdf
Http://www.infom/legis/bull6/EU-pdp.html
4. ” Os falsos alimentos da sociedade de consumo: seus efeitos na saúde”
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% das enfermidades modernas devem-se aos padrões alimentares da sociedade atual. A publicação trata de forma clara a realidade dos alimentos que a maioria das pessoas consome. Enfocando tanto suas causas e conseqüências, exige ações concretas sobre o que se pode fazer para solucionar o problema, destacando a importância da prática da educação em todos os níveis, assim como a promoção da prática da agricultura orgânica, com a finalidade de aumentar a oferta destes produtos.
solumvita@softhome
5. Carrefour compra soja convencional do Brasil
A rede de supermercados francesa Carrefour assinou um acordo para importar soja não-transgênica do Brasil para ração de porcos e frangos, segundo o jornal francês La Tribune. A rede quer vender ovos e produtos com carne de frango e porco livres de elementos geneticamente modificados e que posam levar o selo de qualidade Carrefour. Até o ano 2002, o Carrefour pretende estender este tipo de acordo para seus produtos derivados de carne bovina e de cordeiro.
http://www.cosmo.com.br/informaçao/ultimas/notas
6. Embrapa faz testes no Rio Grande do Sul
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, anunciou que foi negativo o resultado do teste de DNA realizado em 291 das 312 amostras de folhas de soja supostamente transgênicas, coletadas pelo Ministério da Agricultura em lavouras do Estado. O órgão divulgou que “não foi identificada nenhuma amostra de DNA contendo o gene transgênico CP4EPSPS, o que indica que aquelas plantações não possuem plantas tolerantes ao glifosato”.
Para o secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, não há porque contestar a análise da Embrapa. “É apenas um trabalho inicial”, afirmou. Ele destacou três pontos fundamentais para demonstrar transparência e seriedade da pesquisa: a divulgação de onde foram feitas as coletas, a realização de análises em amostras que não foram enviadas à Embrapa e a garantia de que as 31 denúncias, enviadas em novembro pela secretaria ao Ministério da Agricultura, sejam verificadas in loco, “Até agora não houve retorno para as denúncias”, assinalou Hofmann. Entre as irregularidades apontadas, três eram de lavouras interditadas e 28 envolviam agricultores que armazenavam sementes transgênicas. “Se o Ministério da Agricultura der como concluídas as análises, colocaremos sob suspeita o trabalho feito”, disse.
Correio do Povo,26/02/00
7. Suiça ainda em cima do muro
Apesar do pedido feito por um painel de 28 cidadãos no segundo PubliForum em junho de 1999 (http://www.admin.ch/swr/f/swr.html), a nova lei sobre a engenharia genética não adotará moratória de 10 anos sobre as disseminações de OGMs. Entretanto, esta nova lei apoiada no artigo 120 da nova constituição federal estipula que “o ser humano e seu meio ambiente devem ser protegidos contra os abusos em matéria de engenharia genética”. A Suiça está engajada em promover um sistema de autorização caso a caso segundo a legislação européia. Os pedidos serão estudados por uma comissão de ética, composta por12 cientistas, do Conselho Federal do meio ambiente reservando uma possibilidade de veto. Este Office bloqueou, em 1999, dois novos testes (milho e batata). Para que um OGM seja autorizado, é preciso levar em conta o meio ambiente, a saúde e também a preservação da biodiversidade e a “dignidade da criatura”.
Outra novidade: a responsabilidade civil das empresas em caso de danos causados pelos OGMs ou de perdas financeiras sofridas por um produtor devido à polinização de suas plantas por OGMs se estende por 30 anos. No entanto, os produtores de OGMs “dispõem de umdireito de recurso contra aqueles que trataram estes organismos de forma inadequada”. Por fim, o Conselho Federal exige desde já uma rotulagem se o produto contém mais de 1% de OGM e tem a competência para fixar os limites de tolerância mais severos onde produtos não geneticamente modificados são contaminados por OGMs quando da sua transformação ou transporte.
Le Temps e Le Courrier, 20/01/00
8. Militantes impedem desembarque
Na Dinamarca, maior exportador mundial de carne de porco, 49 militantes do Greenpeace, vindo de vários países europeus impediram o barco Legionário de atracar no porto de Aarhus e desembarcar sua carga composta de 45 toneladas de tortas de soja transgênica destinada à alimentação animal. Em dezembro de 1999, o Greenpeace levou para a Dinamarca análises sobre a composição dos alimentos destinados aos animais. Em duas amostras o percentual de soja transgênicas era de 50%. Nenhuma segregação foi realizada.
Comunicado de imprensa do Greenpeace, 23/01/00
9. Primeiro-Ministro da Inglaterra admite perigo dos transgênicos
O primeiro ministro, Tony Blair, afirmou ao jornal Independent on Sunday que os alimentos transgênicos são potencialmente perigosos para o homem e o meio ambiente.
Organizações ambientalistas reagiram, pedindo que ele “passe das palavras à prática”. Documentos de 1998, divulgados recentemente, revelam pressão do presidente Bill Clinton sobre Blair para abrir a Inglaterra e a Europa aos transgênicos americanos.
O Estado de são Paulo,28/02/00
10. Encontro discute transgênicos
Cientistas e consumidores estarão discutindo a questão de alimentos geneticamente modificados em um encontro a ser realizado a partir de 6 de março no reino Unido.
O evento, que deve durar três dias e é patrocinado pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD), vai focalizar na biotecnologia usada em transgênicos, como o alimento é regulado, e se eles provocam danos à saúde.
A OECD pretende obter no encontro novos parâmetros para avaliar o avanço dessa tecnologia. “Queremos identificar as áreas de maior e menor convergência”, disse John Krebs, da OECD
11. Testes rápidos e baratos identificam OGMs Grita das multis
Até o ano passado, a maioria dos testes relativos a grãos geneticamente modificados levava 48 horas para serem realizados e custava US$ 250 e eram mais eficientes quando melhores sendo realizados em condições laboratoriais. Mas no ápice da crise dos grãos geneticamente modificados, algumas companhias estão desenvolvendo testes rápidos e baratos para avaliarem se são ou não os produtos OGM. Estes são qualitativos, indicando resultado positivo ou negativo; eles detectam somente a presença de germoplasma geneticamente modificado.
Jim Tobin, diretor de desenvolvimento de biotecnologia da Monsanto, afirmou: “Para verificar se uma safra geneticamente modificada é aprovada para venda no Japão ou Europa são necessários 11 testes diferentes. Ninguém tem o dinheiro necessário para repetir esta operação a cada etapa do manuseio e transporte. Wayne Pederson, patologista botânico da Universidade de Illinois, disse que os testes certamente funcionam “desde que você aceite as limitações da amostra. Ele refletirá a amostra que você escolher”.
A Strategic Diagnostics Inc. (SDI) de Newark, Del., vende O Trait Check, que é capaz de identificar características de mudanças genéticas na soja em apenas 5 minutos usando uma fita para testes e um misturador. A empresa do Mine EnviroLogix, produz um teste rápido para o milho Bt por US$ 3,50. A SDI diz que vai liberar dentro de pouco tempo um teste rápido com 1% de tolerância, que é o nível considerado aceitável pelos compradores de grãos da União Européia. Mas o milho tem alguns desafios que não são enfrentados pela soja, dizem cientistas da área. A migração do pólen pode provocar um resultado positivo , mesmo que os produtores acreditem que suas variedades estão livres de mudanças genéticas.
[email protected]
12. EUA devem plantar menos transgênicos
Os produtores norte-americanos vão plantar menos transgênicos. Uma pesquisa efetuada em quatro estados do Meio-Oeste concluiu que os agricultores pretendem plantar 27% menos de área de milho modificado geneticamente e 12% menos de área de soja alterada.
Os dirigentes de empresas de sementes, incluindo a Monsanto Co., de St. Louis, afirmam que depois de anos de acelerada expansão, eles esperam vendas estáveis de sementes geneticamente alteradas em comparação com o ano passado.
Entretanto, um consultor que trabalhou na pesquisa declarou que o relatório indicou algumas tendências claras, especialmente uma redução significativa das intenções dos agricultores de plantar milho transgênico para conter um pesticida natural. O que vemos é um aumento muito vigoroso do plantio de milho convencional, disse Marc Vancht, consultor da empresa de consultoria Ag. Education & Consulting.
Gazeta Mercantil,02/03/00
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