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POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÊNICOS
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Número 218 – 23 de julho de 2004
Car@s Amig@s,
Esta semana o Greenpeace divulgou um dossiê e um vídeo explicitando como a produção de soja não-transgênica do Rio Grande do Sul está sendo contaminada por transgênicos. Os documentos mostram que, além do prejuízo com a seca, os agricultores do Rio Grande e de Santa Catarina estão tendo que pagar uma “taxa de tecnologia” de R$ 0,60 por saca ao entregar sua soja no cerealista ou na cooperativa, que fizeram acordo com a Monsanto, que detém as patentes da soja transgênica Roundup Ready (RR), e ficam com parte da taxa recolhida. A Fetag — Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul — considera que, ao custo é de R$ 0,60 por saca, os agricultores gaúchos pagarão cerca de R$ 20 milhões em royalties à Monsanto pelo uso da tecnologia transgênica. E para a próxima safra, a empresa já está anunciando que essa taxa dobrará, indo para R$ 1,20 por saca e já em direção à meta de cobrar 10% do valor da saca. O vídeo mostra que a contaminação pode se dar em diferentes fases da produção, principalmente no uso compartilhado de máquinas e caminhões de transporte. Mas além da exposição à contaminação, os produtores ainda enfrentaram outros problemas não menos graves. Um casal de agricultores de um assentamento da região central do Rio Grande do Sul continuou plantando soja convencional, enquanto boa parte de seus vizinhos aderiu à soja da Monsanto. Determinado a ter suas lavouras livres de transgênicos, o casal fez questão de comprar sementes certificadas para garantir que elas não seriam transgênicas e nem estariam contaminadas. Mas ao fazer o pedido na cooperativa onde costumavam comprar seus insumos, o casal ouviu do vendedor que ali só se vendia sementes transgênicas! O casal buscou então uma cooperativa de outro município, onde finalmente conseguiu comprar as sementes não-transgênicas certificadas. Mas os cuidados dos agricultores não acabarm por aí. Eles também foram os primeiros do assentamento a fazer a colheita. Como a máquina é de uso coletivo, colhendo a soja antes dos outros ela viria sem contaminação de outras lavouras. Ao entregar sua produção na cooperativa, os agricultores foram questionados sobre a natureza da soja. Disseram que a produção era não-transgênica. Foi feita então uma análise rápida da soja, cujo resultado fica pronto na hora. Para espanto do casal, o resultado foi positivo. Mesmo após todo cuidado que tiveram, a soja que eles estavam entregando, segundo o teste, era transgênica.
Além da decepção vivida, o casal ainda teve que pagar o custo do teste de transgenia e uma taxa de R$ 1,50 / saca (ao invés de R$ 0,60), por ter usado ilegalmente a tecnologia da Monsanto. Para garantir que a taxa de uso da semente RR seria realmente cobrada, a Monsanto contratou uma das maiores empresas de auditoria do mundo (a Price Waterhouse) e espalhou auditores nos pontos de recebimento de soja no Rio Grande do Sul. A história do casal militante anti-transgênicos se espalhou na região. A partir daí, todos passaram a declarar sua produção como transgênica, mesmo aqueles que sabiam que tinham lavouras convencionais. O receio de todos era ter de pagar R$ 1,50 por saca em vez de R$ 0,60. Inconformado com a situação, o casal voltou à cooperativa acompanhado de um agrônomo amigo da família e pediu uma nova análise da soja que havia entregue. Foi aí que a situação foi esclarecida. Os resultados das análises estavam sendo interpretados de forma incorreta, levando o técnico da cooperativa a classificar a soja convencional como transgênica. Os kits de análise de transgenia, bem como sua instrução de uso, foram fornecidos pela Monsanto. É provável que os responsáveis pelo recebimento de soja nas cooperativas e cerealistas tenham sido mal informados, levando a esse tipo de erro. E enquanto os testes vão sendo feitos de forma equivocada, a Monsanto vai recolhendo taxas dos agricultores de forma indevida. Outro grave problema decorrente dessa situação é que, ao final da colheita, as estimativas de produção de soja transgênica serão bem maiores que o real. Se o governo tivesse agido de maneira firme no momento adequado, essa situação no Brasil poderia estar sendo evitada.
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Neste número:
1. Novas denúncias de contaminação por transgênicos no Rio Grande do Sul
2. Ajuda da ONU dissemina milho transgênico na Guatemala
3. Itália pode comprar soja convencional
4. Aliança fortalece campanhas contra transgênicos
5. Bactéria aumenta produtividade de cultivo de feijão
6. Conflito de interesses é omitido, revela estudo
7. Monsanto e grupo Maggi patrocinam carnaval
Sistemas agroecológicos mostram que transgênicos não são a solução para agricultura Experimentação participativa para o desenvolvimento rural na América Latina
Dica sobre fonte de informação Livro: ‘Biotecnologia e Bioética – Para onde vamos’
Eventos:
Primeira Festa Estadual da Semente da Paixão – 24 e 25 de julho, Soledade – Paraíba
Seminário Mineiro de Agricultura Familiar, Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável – de 28 a 31 de julho – UFMG – Belo Horizonte, MG.
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1. Novas denúncias de contaminação por transgênicos no Rio Grande do Sul Estudo realizado no Rio Grande do Sul revelou que lavouras de soja convencional estão sendo contaminadas pelas plantações vizinhas que utilizam sementes geneticamente modificadas. Segundo o “Dossiê da Soja Transgênica”, divulgado ontem pelo Greenpeace na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), produtores gaúchos correm o risco de pagar royalties por uso da semente modificada, mesmo tendo plantado a convencional em suas lavouras. (…) O “Dossiê da Soja Transgênica” foi entregue esta semana ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. Na representação, o Greenpeace pede que os promotores investiguem os possíveis prejuízos causados aos produtores. Herbicida para transgênicos destrói soja convencional Além do risco da contaminação, a ONG alerta para o impacto do herbicida glifosato ao qual a soja transgênica é resistente nas lavouras tradicionais. Como a pulverização é feita, normalmente, por aviões, acaba atingindo também a soja que não é resistente ao produto. Na minha lavoura, a perda foi de mais de 70% confirmou o agricultor Luiz Antônio Schio, que participou do lançamento do dossiê. O Globo,23/07/2004. Saiba mais sobre o assunto no http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/?conteudo_id=1605
2. Ajuda da ONU dissemina milho transgênico na Guatemala A Guatemala, juntamente com o México, é berço da civilização maia, cultura indígena baseada no cultivo do milho, vegetal originário desses territórios. Por isso, as duas nações são consideradas reservas genéticas do cereal, que está sob perigo biológico por conta dos grãos geneticamente modificados. Mas a disseminação da ameaça transgênica entre os guatemaltecos está sendo perpetrada pela Organização das Nações Unidas (ONU), conforme denúncia do ativista Manuel Chacon, da entidade ambientalista Colectivo Madreselva. “Tínhamos a suspeita de que milho transgênico estava sendo introduzido no país através do Programa Mundial de Alimentos da ONU. Essa ajuda alimentar parte das condições de pobreza e miséria da população. Com essa suspeita, começamos a realizar testes e análises químicas. Descobrimos que o milho doado era da variedade Bt, ou seja, transgênico”, declara Chacon, em entrevista à Rádio Mundo Real. Antes da Guatemala, diversos países do continente africano registraram a presença de transgênicos nos envios de alimento das Nações Unidas. A organização ecologista ressalta o descaso do governo: “Fizemos a denúncia através dos meios de comunicação. Com isso iniciou-se a discussão pública sobre o tema e inclusive se passou a denunciar a atitude do governo pela irresponsabilidade que tem vitimado duplamente a população”, explica o ativista. Para Chacon, embora a Ajuda da ONU dissemine milho transgênico e toda a população guatemalteca possa ser prejudicada pela contaminação das variedades naturais de milho pelos transgênicos, o principal grupo implicado vai ser outra vez o dos indígenas. Cerca de 80% da população maia vive na pobreza, sendo que esse grupo étnico representa mais da metade da população guatemalteca. “Quando falamos da ameaça dos transgênicos, os mais afetados serão os maias, visto que a ameaça se dirige às sementes, ao milho. O cereal integra a cosmovisão dos indígenas. E a contaminação do milho compromete toda a vida do povo maia”, lamenta. http://www.adital.org.br, 20/07/2004.
3. Itália pode comprar soja convencional A Itália manifestou interesse junto a Embaixada do Brasil em Roma de importar 370 mil toneladas de soja convencional. Conforme a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), a iniciativa partiu da Confederazione Nazionale Coltivatori Diretti-Coldiretti. “Trata-se da mais importante entidade de classe representativa do setor agrícola italiano, reunindo 568 mil empresas”, explica a delegacia federal do Mapa/RS. O importador solicitou informações sobre medidas adotadas pelo Brasil para assegurar que os carregamentos do produto exportado sejam livres de transgenia. Conforme o chefe do Setor de Ambiente e Território da Coldiretti, Stéfano Masini, a agricultura italiana é “orientada para a produção de excelência e marcada por uma significativa identidade cultural”, razão pela qual assegura fornecimento de produtos de base. O delegado do Mapa/RS, Francisco Signor, disse que “temos demanda para todas as variedades de soja que pudermos produzir”. Correio do Povo, 16/07/2004.
4. Aliança fortalece campanhas contra transgênicos À medida em que mais de doze condados da Califórnia lançam campanhas para frear o aumento das plantações transgênicas, foi anunciada hoje uma nova aliança para combater o crescimento das ameaças que representam as indústrias de biotecnologia. A Aliança da BioDemocracia uniu dois movimentos: o Mendocino Livre de Transgênicos e a Associação dos Consumidores de Alimentos Orgânicos. “Nós nos unimos especificamente para superar as intimidações das empresas de biotecnologia que querem questionar o direito de os condados californianos proibirem o plantio de cultivos transgênicos”, disse Ryan Zinn, Coordenador da Campanha da Associação dos Consumidores de Alimentos Orgânicos. “Seja na sala de Audiência, no palácio do governo, ou nas trincheiras da campanha, nós estaremos aqui para apoiar esses condados e para proteger as vitórias já conquistadas”. (…) O outro membro da Aliança liderou a exitosa campanha que tornou Mendocino o primeiro Condado dos Estados Unidos livre de transgênicos. (…) Depois da votação histórica em Mendocino, Allen Noe, o porta-voz da gigante das indústrias, a CropLife América, disse aos repórteres que “Nós estamos buscando uma série de alternativas para remediar a situação… uma batalha judicial à proibição de Mendocino; uma tentativa de fazer com que a legislação do estado evite as proibições e até mesmo persuadir o governo federal, que regula os produtos da biotecnologia, para impedir as proibições locais”. Fontes em Sacramento dizem que a indústria de biotecnologia está atualmente procurando um responsável por um projeto de lei para o estado, que anulará os direitos de os condados banirem os cultivos geneticamente modificados. “A Aliança serve para disseminar as zonas livres de transgênicos no estado e tirar de cena os gigantes da biotecnologia”, disse Katrina Frey do Vinhedos Frey e da campanha
Mendocino Livre de Transgênicos. http://www.soap-wire.com/2004/07/new, 15/07/2004.
5. Bactéria aumenta produtividade de cultivo de feijão Cientistas brasileiros comercializarão uma bactéria que promete aumentar em 50% a produtividade dos cultivos de feijão na região árida do Nordeste do País e eliminar o uso de adubos químicos. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso da bactéria resistente às altas temperaturas e à seca, já recebeu uma licença provisória, o que permite sua comercialização. (…) As bactérias do tipo rizóbio costumam estar presentes nas raízes de leguminosas como feijões, grãos-de-bico e soja e são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, que passa a ser absorvido pela planta. (…) No Brasil, segundo a Embrapa, um terço da produção de feijão provém de propriedades com menos de 10 hectares e com baixa produtividade, de cerca de 500 quilos por hectare. A inoculação das sementes com as bactérias da família rizobio permitiu alcançar uma produtividade entre 1500 e 2000 quilos de feijão por hectare, em testes de campo. Este volume é similar ao alcançado por grandes propriedades intensivas em capital, tecnologia e maquinários. Jornal do Commercio, 20/07/2004.
N.E.: Uma pesquisa realizada pela Universidade de Arkansas no ano de 2000 indicou que o glifosato (princípio ativo do Roundup, usado na soja transgênica) prejudica a fixação biológica do nitrogênio, sobretudo em condições de seca ou de baixa fertilidade dos solos.
6. Conflito de interesses é omitido, revela pesquisa Um relatório divulgado na última semana pelo Center for Science in the Public Interest acusa quatro jornais médicos e científicos de publicarem estudos sem revelar conflitos de interesses dos autores. O Centro examinou 163 artigos publicados em quatro jornais especializados entre dezembro de 2003 e fevereiro deste ano. Em 13 artigos (cerca de 8%), pelo menos um dos autores participantes não revelou suas ligações com companhias que lucrariam com a publicação da pesquisa científica. Os jornais analisados foram New England Journal of Medicine, Journal of the American Medical Association, Environmental Health Perspectives e Toxicology and Applied Pharmacology. Na maior parte dos 13 casos suspeitos, os pesquisadores do Centro, sediado em Washington, determinaram que os autores foram negligentes ao não revelarem informações importantes aos jornais. De alguns anos para cá, publicações científicas passaram a aumentar os cuidados com relação aos autores dos artigos, verificando seus laços com companhias farmacêuticas. The New York Times, 13/07/2004.
N.E. O que nos garante que situação semelhante não aconteça nas publicações ligadas à biotecnologia, já que as companhias são as mesmas?
7. Monsanto e grupo Maggi patrocinam carnaval (…) Depois do setor sucroalcooleiro, que no carnaval deste ano financiou o desfile da escola de samba Salgueiro no Rio de Janeiro, chegou a vez da soja invadir a avenida. Conforme a agência Reuters, a Monsanto e o grupo Maggi – da família do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi – serão os principais patrocinadores da Tradição no carnaval de
2005. A idéia é mostrar toda a história do grão, principal item da pauta de exportações do país, desde sua descoberta na China até os dias atuais. Conforme o presidente da Tradição, Nésio Nascimento, os investimentos totais no desfile deverão alcançar R$ 3 milhões. Valor Econômico, 19/07/2004.
N.E. Esses R$ 3 milhões seriam muito melhor empregados se fossem destinados à realização de estudos independentes para a avaliação dos riscos dos transgênicos à saúde e ao meio ambiente.
Sistemas agroecológicos mostram que transgênicos não são a solução para agricultura
Experimentação participativa para o desenvolvimento rural na América Latina
A través da formação de comitês, agricultores pobres de toda a América Latina estão encontrando uma nova maneira de aumentar a produtividade e melhorar seu sustento. Esses comitês locais de pesquisa agrícola, ou CIALs, das iniciais em Espanhol, são ao mesmo tempo centros de estudos, associações comunitárias e grupos de experimentação. Eles foram desenvolvidos como um espaço de avaliação, adaptação e disseminação de novas tecnologias. Iniciado em 1990, pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), o programa CIAL se expandiu rapidamente. Hoje existem cerca de 250 comitês em oito países das Américas Central e do Sul. Eles envolvem centenas de homens e mulheres nas comunidades de cada região, e estão produzindo resultados que surpreendem os cientistas do sistema formal de pesquisa. Os CIALs aproximam agricultores e pesquisadores num processo de experimentação e aprendizado conjunto. O tema principal de muitos deles é a avaliação e o melhoramento de variedades locais e o teste de novas variedades. Muitas alternativas testadas por eles originaram-se nas próprias comunidades. Outras vieram do sistema formal de pesquisas. Ou ainda podem ter vindo de uma mistura dos dois. O tratamento de pragas e doenças e o manejo do solo, da água e dos nutrientes são também de significativo interesse para os comitês. Os cultivos mais importantes (feijão, milho, batata e mandioca) são responsáveis por mais de 80% das pesquisas. As pessoas da comunidade escolhem o tópico da pesquisa do CIAL num encontro aberto, baseando sua decisão em critérios como as chances de sucesso, o número e o grupo de beneficiários e os custos da pesquisa. A partir daí, tem início a etapa de planejamento, quando o CIAL e membros da comunidade decidem os objetivos do experimento, assim como os tratamentos, os materiais e métodos a serem usados, os esforços necessários, os dados a serem coletados e os critérios para avaliação dos resultados. O experimento em si é normalmente realizado com a ajuda de outros membros da comunidade e, uma vez terminado, o CIAL se reúne com um técnico, que pode ser um agrônomo de uma ONG local, para avaliar os dados coletados. Quando analisam os resultados, os membros perguntam “O que nós aprendemos?”. Esse estágio do processo é especialmente importante quando novos cultivos falham ou o experimento produz resultados inesperados. Finalmente, o CIAL apresenta suas atividades, resultados e os gastos em um dos encontros regulares da comunidade. O CIAL pode também fazer recomendações baseadas nos resultados, mas a comunidade é quem decide se o grupo deve ou não continuar com o experimento, mudar para um novo tópico, ou até mesmo parar com as atividades em sua totalidade. Em Honduras, por exemplo, os agricultores referem-se em geral às doenças e pragas do feijoeiro como hielo (gelo), sem distinguir suas diferentes causas e sintomas. Mas os membros do CIAL agora diferenciam os sintomas de doenças e de pragas do feijão e estão aprendendo métodos alternativos de prevenção. Os CIAL de Honduras, Colômbia, Equador e Nicarágua são financiados pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento de Pesquisa do Canadá ou IDRC. Adaptado de: An Engine for Rural Development in Latin América, www.idrc.ca/seeds. Dica sobre fonte de informação O Livro “Biotecnologia e Bioética – Para onde vamos”, de Antônio Moser, aborda o fato de que o controle extraordinário do poder biotecnólogico encontra-se nas mãos de poucos, mais precisamente dos grupos e países mais ricos. Sendo estes, os mesmos que, apesar do discurso revestido de preocupações humanitárias, nos fazem pensar que o sonho de uma biotecnologia e de uma bioética globais que poderiam unir a humanidade, transforme-se num pesadelo. É nesta altura que se percebe o papel imprescindível de uma bioética que se negue a fazer as vezes de capelão da corte real da ciência; pois nada mais valioso do que contar com o selo de uma ciência que conquistou tanta credibilidade. A bioética, juntamente com outras forças, tem que fazer o papel dos que interpelam todos e cada um dos passos, pedindo esclarecimentos e levantando questionamentos, exigindo que os benefícios sejam partilhados por todos, pois só assim poderemos contar com um pouco mais de otimismo em relação ao futuro. Para maiores informações acesse o site: http://www.vozes.com.br.
Eventos
A Primeira Festa Estadual da Semente da Paixão será realizada nos dias 24 e 25 de Julho no município de Soledade – Paraíba. Na Paraíba, as Sementes da Paixão vêm germinando e fazendo crescer mais do que roçados; fazem florescer a auto-estima de quem luta na terra e pela terra, faz frutificar a liberdade, a igualdade, a solidariedade, a capacidade de organização e a autonomia comunitária. Informações: AS-PTA tel. 83 361 9040 / 41 ou [email protected]
O Seminário Mineiro de Agricultura Familiar, Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, acontecerá entre os dias 28 e 31 de Julho, no Campus da UFMG – Instituto de Ciências Biológicas. Durante o evento será realizada uma Exposição de Produtos da Agricultura Familiar. Maiores informações pelo telefax: (31) 3371-3377.
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Campanha Por um Brasil Livre de Transgênicos Este Boletim é produzido pela AS-PTA – Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa [Tel.: (21) 2253-8317 /
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