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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS
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Boletim 600 traz um convite à reflexão
Número 600 – 14 de setembro de 2012
Car@s amig@s,
Desde 1999 a AS-PTA publica este boletim semanal dedicado à atualização de informações e análises sobre a tragédia representada pelo avanço do uso de transgênicos na agricultura bem como sobre as variadas formas de resistência organizadas pela sociedade civil. Chegamos esta semana à edição de número 600 de nosso boletim. Números redondos são um convite à reflexão. Diante da evolução dos fatos que vimos divulgando e comentando durante todo esse período, optamos por tecer breves comentários sobre os descaminhos das instituições científicas envolvidas na matéria.
Como se sabe, a Ciência começa com fatos e termina com fatos, não importando as estruturas teóricas utilizadas para que a realidade seja analisada. A boa prática científica nos ensina a duvidar sistematicamente das evidências empíricas para melhor lidarmos com nossas ignorâncias. Esses dois pressupostos elementares do conhecimento científico vêm sendo solenemente negligenciados na novela dos transgênicos.
Uma rápida passada de olhos nas primeiras edições de nossos boletins (todos disponíveis em nossa página institucional) não deixa dúvidas da enorme distância entre o que os defensores da transgenia agrícola prometiam em 1999 em nome de supostas certezas científicas e o que estamos efetivamente assistindo com a disseminação em larga escala dessa tecnologia. Profecias de uma agricultura produtiva, economicamente viável, ambientalmente sustentável e segura para a saúde pública se desfizeram diante de nossos olhos como um castelo de areia. No entanto, as promessas de um futuro brilhante para a agricultura e a alimentação transgênicas seguem sendo divulgadas à opinião pública sem que sejam levantadas as razões pelas quais as promessas do passado não tenham se confirmado. Uma das maiores evidências dessas contradições não justificadas vem do aumento exponencial do uso dos agrotóxicos no Brasil, em vez da prometida redução, um fenômeno que alçou o nosso país ao triste título de campeão mundial no consumo dos venenos agrícolas.
Não podemos falar em Ciência quando fatos da realidade são desprezados e/ou ocultados para que os transgênicos permaneçam sendo disseminados como alternativas tecnológicas inquestionáveis. Estamos, pois, diante de um quadro de mentira institucionalizada. E, como reza o ditado, mentirosos são pródigos em juras. Em vez de produzir provas científicas para sustentar suas argumentações, preferem fazer cortina de fumaça com suas promessas mirabolantes, transferindo o ônus da prova para os que denunciam os riscos desnecessários aos quais a sociedade e a natureza estão sendo submetidos.
Em artigo publicado em 2004, o jornalista Washington Novaes identificou esse estratagema retórico dos defensores incondicionais da transgenia como uma “inversão semântica”. Por um lado, qualificam de obscurantistas os que cobram estudos científicos independentes sobre biossegurança. Por outro, se apresentam como paladinos da ciência, embora façam ferrenha oposição à realização desses estudos e desconsideram seus resultados sempre que apresentados.
Mas, tal como óleo, a mentira flutua à superfície da verdade. Nosso papel tem sido o de contribuir para que as verdades venham à tona, já que os meios de comunicação de massa empenham-se em acobertar os fatos inconvenientes aos interesses econômicos das corporações produtoras das sementes transgênicas. Fazemos isso ao anunciar os riscos associados à transgenia e ao divulgar as suas evidências documentadas em várias partes do mundo. Fazemos também ao denunciar as tenebrosas transações que abriram o caminho para a legalização e posterior liberação desenfreada dos transgênicos em nossos campos e em nossos pratos. Mas fazemos também ao apresentarmos a alternativa agroecológica para o efetivo equacionamento dos desafios alimentares, ambientais, sociais e econômicos colocados para a humanidade. Ao contrário de 1999, a Agroecologia goza hoje de crescente reconhecimento por prestigiosos organismos internacionais. Seus resultados práticos estão fartamente documentados no mundo inteiro, comprovando que um futuro mais promissor e seguro para a Humanidade pode ser construído a partir da revitalização da agricultura familiar camponesa. No entanto, esse reconhecimento ainda não foi convertido em medidas práticas por parte dos Estados. Por enquanto a transgenia e a agricultura industrial permanecem na ribalta com o apoio cúmplice e decisivo de um número limitado de profissionais que emprestam seu prestígio acadêmico para posar de cientistas na CTNBio.
Mas nada é definitivo. O campo científico-acadêmico vem se manifestando criticamente a esse uso criminoso da Ciência. Não sem razão a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia) escolheu o tema da Ética na Ciência para o seu último Congresso, acompanhado por mais de 4 mil pessoas, que a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) vem produzindo os dossiês “Um alerta sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde” para denunciar os efeitos dos agrotóxicos sobre asaúde humana e o meio ambiente e que tenha sido criado recentemente o movimento internacional Ciência Cidadã, cujo manifesto recebeu a adesão de 120 cientistas brasileiros na Cúpula dos Povos, em junho último. A História está diante de nós para ser mudada. Assim como as pedrinhas atiradas por David, nosso boletim semanal seguirá dando a sua contribuição ao desmascarar o Golias biotecnológico e suas mentiras deliberadas.
Por Paulo Petersen, diretor-executivo da AS-PTA.
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Neste número:
1. Aprosoja decide recorrer à Justiça contra a Monsanto
2. Pesquisa com transgênico na China é alvo de suspeitas
3. Milho transgênico pode afetar ecologia das florestas
4. Revisão científica aponta vantagens de alimentos orgânicos
5. Embrapa envia sementes de arroz e feijão para o Banco de Svalbard
6. Candidato a prefeito do Rio adere a compromissos para reduzir agrotóxicos
A alternativa agroecológica
Carta Política do II Encontro Metropolitano de Agroecologia
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1. Aprosoja decide recorrer à Justiça contra a Monsanto
Com o aval de seis presidentes de oito regionais, a Aprosoja decidiu, sábado, notificar judicialmente a Monsanto, além de acionar o Ministério Público. O objetivo é evitar que a multinacional distribua a soja Intacta RR2 enquanto a China não liberar a importação. “Eles dizem que vão incinerar, mas não temos certeza. O produtor tem que se precaver”, frisou o presidente interino da Aprosoja, Pedro Nardes. A Monsanto disse que segue fiel ao compromisso de não lançar semente sem aprovação dos mercados e informou que o cultivo se limitará a áreas demonstrativas.
Correio do Povo, 10/09/2012.
N.E.: Não foi exatamente isso que aconteceu em meados da década de 1990 com a soja Roundup Ready, nem em 2005 com o algodão RR, que foram aqui disseminados ilegalmente mesmo sem a aceitação do mercado. No caso da soja, usou-se do fato consumado para forçar sua liberação e abertura do mercado. Entre 2003 e 2004 três medidas provisórias foram editadas para tanto.
Leia mais sobre o caso da soja Intacta RR2 Pro no blog Em Pratos Limpos.
2. Pesquisa com transgênico na China é alvo de suspeitas
A agência federal de saúde da China suspendeu um de seus pesquisadores na esteira das investigações que apuram se de fato dezenas de crianças do país serviram de “cobaias” em pesquisas sino-americanas não autorizadas com arroz geneticamente modificado. Os experimentos, na Província de Hunan, vieram à tona em meio à indignação pública com o histórico recente da segurança alimentar chinesa e deverão arraigar as dúvidas da população sobre os transgênicos, que já arrefeceram a disposição do governo em permitir sua comercialização.
O Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças divulgou na segunda-feira à noite que a agência e suas afiliadas não permitiram nem participaram do projeto “Arroz Dourado”, de 2008, organizado em conjunto por pesquisadores da China e da Tufts University, de Massachusetts, cujos detalhes estão em artigo científico publicado na edição de agosto do “American Journal of Clinical Nutrition”. O artigo descreve testes de uma variedade de arroz transgênico enriquecido com vitaminas em 24 crianças de seis a oito anos da zona rural de Hunan. O objetivo do projeto era testar se o alimento seria capaz de reduzir a deficiência de vitamina A nas crianças em países em desenvolvimento.
“O conteúdo da pesquisa descrita no artigo não está de acordo com as regulamentações sanitárias”, informou a agência chinesa em comunicado. A agência suspendeu seu pesquisador Yin Shi’an, um dos três autores do artigo, e segue a esquadrinhar seu trabalho. Segundo a agência, as explicações de Yin durante as investigações foram inconsistentes com as do principal autor do artigo, Tang Guangwen, pesquisador da Tufts. Tang, que liderou o projeto, afirmara que os testes haviam sido pré-aprovados, segundo a agência estatal de notícias “Xinhua”. Como parte do projeto, as crianças teriam sido alimentadas com arroz transgênico, espinafre e cápsulas de caroteno por 35 dias. O centro pediu que a Tufts também investigue o caso.
Segundo a “Xinhua”, a diretora-assistente de relações públicas da Tufts, Andrea Grossman afirmou que os protocolos da pesquisa estão sendo checados. “Sempre demos a maior importância à saúde humana e tomamos todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos objetos de pesquisa humanos”, disse ela, conforme a agência de notícias.
O Greenpeace foi o primeiro a chamar a atenção para o artigo da Tufts, em 31 de agosto. A ONG promove há sete anos campanha na China contra o arroz transgênico, argumentando que a engenharia genética “contamina organismos naturais de forma incontrolável e imprevisível”. O grupo apoia movimento similar nas Filipinas, onde exige o fim dos testes de campo com o “arroz dourado”, assim chamado por sua tonalidade, em três províncias. Ainda não há consenso se os alimentos modificados geneticamente podem ser nocivos ou não para o consumo humano ou em rações.
A maior parte da soja importada pela China é transgênica, e o país é o maior produtor mundial de algodão modificado geneticamente. Os chineses também permitem a importação de algumas variedades de milho transgênico, usadas apenas em rações. O governo aprovou a segurança dos grãos transgênicos, incluindo o arroz, em 2009, mas não deu sinal verde para a produção comercial plena das variedades. Apesar da assinatura de um acordo fitossanitário com a Argentina no fim de 2011 para permitir a importação de milho, o Ministério da Agricultura chinês reluta em dar sua aprovação final para certas variedades produzidas no exportador sul-americano.
Fonte: Valor Econômico, 12/09/2012 – Via Avicultura Industrial.
3. Milho transgênico pode afetar ecologia das florestas
O cultivo de milho transgênico próximo a áreas de mata atlântica pode estar alterando o ecossistema da floresta. De acordo com estudo realizado em Santa Catarina, comunidades de besouros da subfamíliaScarabaeinae que vivem perto de plantações do grão geneticamente modificado têm apresentado uma organização funcional diferente da observada em grupos que habitam áreas próximas a cultivos tradicionais.
Esse tipo de besouro, popularmente conhecido como rola-bosta, é tido como um importante bioindicador por ser bastante sensível a modificações em seu hábitat. Apesar disso, é considerado um organismo não alvo, ou seja, que não deveria ser afetado pela presença de plantas transgênicas.
Por se alimentar de matéria orgânica (fezes e carcaças de animais), os besouros escarabeíneos participam diretamente do processo de ciclagem de nutrientes, ou seja, promovem o reingresso de elementos químicos presentes em materiais em decomposição na cadeia alimentar do ecossistema.
Em uma comunidade, eles podem ser classificados em três grupos de acordo com o tipo de comportamento e a função desempenhada: rodadores (movem a matéria orgânica na superfície), tuneleiros (cavam túneis e transportam o alimento para dentro do solo) e residentes (depositam ovos no bolo de matéria orgânica e não participam do deslocamento do alimento).
Em sua dissertação de mestrado, defendida na Universidade Federal de Santa Catarina, a bióloga Renata Calixto Campos constatou que, em áreas próximas a plantações de milho transgênico, há predominância de besouros residentes, o que foge à estrutura tradicional desse tipo de comunidade: perto de plantios de milho convencional, escarabeíneos tuneleiros são encontrados em maior quantidade.
Campos explica que, em longo prazo, a redução na proporção de besouros tuneleiros resulta em diminuição da remoção de fezes animais, da dispersão de sementes, da incorporação de matéria orgânica pelo solo e, por fim, da regeneração de florestas. “São os besouros tuneleiros que arejam e adubam o solo ao enterrar os bolos de matéria orgânica, promovendo a dispersão de sementes presentes nas fezes”, afirma. “A abundância de besouros residentes pode tornar a renovação de nutrientes da floresta mais lenta.” (…)
Leia na íntegra a reportagem publicada pela Ciência Hoje Online em 05/09/2012.
4. Revisão científica sobre vantagens de alimentos orgânicos
A matéria publicada pelo Estadão aponta em sentido contrário, mas pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, sugere uma série de vantagens dos alimentos orgânicos em relação aos convencionais, tratados com agrotóxicos. Os grifos são nossos.
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Orgânicos e convencionais têm pouca diferença nutricional
Estadão, 05/09/12
Revisão de mais de 200 estudos mostra falta de provas científicas de que os orgânicos são mais nutritivos
Quando os pacientes da médica Dena Bravata, pesquisadora do Centro para Políticas de Saúde da Universidade de Stanford, perguntavam-lhe quais eram os benefícios dos alimentos orgânicos, ela não sabia responder com precisão. Foi daí que surgiu a ideia de fazer uma revisão sistemática de todos os estudos relevantes sobre o assunto. A conclusão foi que orgânicos e não orgânicos têm valores nutricionais semelhantes.
Ou seja: ainda faltam evidências científicas consistentes de que os orgânicos são mais saudáveis e nutritivos, de acordo com os pesquisadores de Stanford. A pesquisa destacou, porém, que os orgânicos apresentam risco 30% menor de contaminação por agrotóxicos. A quantidade de fósforo nesses alimentos também se apresentou mais alta que nos convencionais.
O estudo concluiu que as duas formas de cultivo levam a um risco semelhante de contaminação por bactérias patogênicas. A diferença é que nas carnes de frango e de porco orgânicas havia menos bactérias resistentes a antibióticos.
A revisão levou em conta 237 estudos anteriores: 17 comparavam a saúde de consumidores de orgânicos e de não orgânicos e 223 comparavam nutrientes e contaminantes dos dois tipos de alimento (três deles combinavam os dois tipos de análise). Os resultados foram publicados nesta semana no periódico científico Annals of Internal Medicine.
Uma limitação, segundo os próprios pesquisadores, é a falta de estudos sobre os efeitos dos agrotóxicos a longo prazo.
Segundo o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), o estudo reflete o que já era notado na prática clínica. “Ao monitorar os pacientes por meio de exames, nunca conseguimos detectar essa variabilidade em relação às vitaminas e minerais dosados na corrente sanguínea de pacientes que consomem orgânicos e não orgânicos”, diz.
Mas ele observa que aqueles que consomem orgânicos geralmente são os que refletem mais sobre o que ingerem e, consequentemente, têm uma alimentação mais saudável.
Para o médico, o trabalho é válido por mostrar a importância de consumir vegetais independentemente da forma de cultivo.
A nutricionista Norka Barrueto Gonzales, professora do Instituto de Biociências da Unesp, observa que a pesquisa aponta também para a maior concentração de compostos fenólicos na cultura orgânica. Segundo ela, apesar de ainda não existir uma recomendação oficial de ingestão desses compostos, vários estudos investigam sua ação preventiva contra doenças.
Autora de um livro sobre orgânicos, a nutricionista Elaine de Azevedo, professora da Universidade Federal da Grande Dourados, pondera que o valor nutricional não é o único parâmetro para avaliar a qualidade do alimento e uma análise que só leve em conta esse aspecto pode ser reducionista.
Segundo ela, já era esperado que os orgânicos tivessem valor nutricional semelhante aos convencionais. O grande diferencial dos orgânicos são os fitoquímicos presentes em maior quantidade nesses produtos. “Eles não compõem o valor nutricional, mas dão valor terapêutico, funcional.”
5. Embrapa envia sementes de arroz e feijão para o Banco de Svalbard
Centenas de sementes de variedades brasileiras de arroz, feijão e milho serão armazenadas em um depósito norueguês permanentemente congelado, cuja temperatura é de 18 graus Celsius negativos. Trata-se do local mais seguro do planeta dedicado a fazer provisões contra catástrofes, como guerras, bombas e terremotos. O governo federal já era pressionado a contribuir para este banco há quatro anos, desde a assinatura de um acordo entre a Embrapa e o Ministério de Agricultura e Alimentação da Noruega. A primeira remessa de amostras nacionais será enviada ainda esta semana. (…)
(…) Serão enviadas esta semana 264 amostras de sementes representativas de espécies de milho e 541, de arroz. A próxima cultura agrícola a ser encaminhada ao banco norueguês será o feijão, o que ocorrerá ainda este ano. A Embrapa Arroz e Feijão, com sede em Goiás, finaliza a amostragem. (…)
O Globo, 04/09/2012.
6. Candidato a prefeito do Rio adere a compromissos para reduzir agrotóxicos
O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro e deputado estadual pelo PSOL Marcelo Freixo visitou no último dia 21 a feira orgânica do bairro de Laranjeiras, na zona sul carioca, e assinou a carta compromissoproposta pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. No dia 04/09 pela manhã, Freixovisitou a feira orgânica do bairro do Flamengo.
Em Pratos Limpos, 04/09/2012.
A alternativa agroecológica
Carta Política do II Encontro Metropolitano de Agroecologia
As pressões e conflitos ambientais na região metropolitana do Rio de Janeiro, seu impacto na agricultura familiar e as alternativas de fortalecimento desta pela agroecologia foram os principais temas discutidos no II Encontro Metropolitano de Agroecologia, que reuniu cerca de 300 pessoas no município de Magé – RJ, entre 31 de agosto e 2 de setembro de 2012.
Durante o encontro foi redigido um documento apresentando os principais compromissos e reivindicações para serem utilizados pelas organizações locais para interlocução com os candidatos e os atuais gestores públicos nos seus municípios.
“Os governos têm atuado para favorecer a implementação desse modelo e não se preocupam com a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população, nem com a preservação ambiental. Até mesmo as escolas do campo estão sucateadas e não atendem às necessidades da população.
As populações resistem no território ao modelo hegemônico. Por outro lado, apresentam outra forma de desenvolvimento baseado nas iniciativas agroecológicas e de promoção da saúde, produzindo alimentos de qualidade, sem agrotóxicos, organizando grupos de plantas medicinais, feiras da roça, feiras agroecológicas, sindicatos, associações e cooperativas. Este trabalho infelizmente conta com pouco apoio das políticas públicas.
Para fortalecer essas iniciativas trabalhamos em rede, de forma solidária, e autônoma em relação aos governos e aos partidos políticos. Seguiremos mobilizados e organizados, pois temos a certeza de que o nosso trabalho aponta caminhos promissores para o futuro.”, diz o documento.
Leia no site da AS-PTA a íntegra da Carta Política do II Encontro Metropolitano de Agroecologia.
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Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
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