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POR UM BRASIL ECOLÓGICO,
LIVRE DE TRANSGÊNICOS & AGROTÓXICOS
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Número 615 – 25 de janeiro de 2013
Car@s Amig@s,
Deram n’água os esforços de fazer retratar-se a revista que em setembro passado publicou estudo que mostra danos à saúde de cobaias causados pelo consumo de milho transgênico com e sem associação com o herbicida Roundup, ambos da empresa Monsanto. Além da retratação, pediam os descontentes que o artigo não fosse publicado na versão impressa da Food and Chemical Toxicology, um dos principais periódicos na área.
Em novembro último a revista publicou resposta da equipe liderada por Gilles-Eric Séralini [1], que também anuncia que divulgará em breve novos dados experimentais sobre o Roundup.
As críticas vieram de cerca de 40 pesquisadores, incluindo agências reguladoras e o presidente da CTNBio [2]. Um levantamento posterior revelou que boa parte dos críticos apresenta situações de conflito de interesses, seja em função de envolvimento direto com a Monsanto, seja com órgãos que já haviam aprovado a variedade de milho em questão ou similares [3, 4]. Por outro lado, mais de 300 cientistas, de 33 países, dos cinco continentes, manifestaram seu apoio à pesquisa, inédita por ter avaliado as consequências de longo prazo do consumo de um produto transgênico.
Um site específico foi criado para responder ponto por ponto as críticas – http://gmoseralini.org/ -, enquanto os casos de ofensas pessoais, calúnia e difamação de Séralini e sua equipe estão sendo tratados judicialmente.
A EFSA (European Food Safety Authority), por sua vez, anunciou que tornará públicos os dados relativos ao polêmico milho NK 603 [5].
Quando se lança mão da defesa dos transgênicos como sinônimo de defesa da ciência, corre-se o risco de acertar o próprio pé. Nega-se que as verdades científicas são sempre verdades provisórias, pois revê-las em face de novas descobertas não é de interesse dessa indústria.
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[1] http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691512008149
[2] http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/17600.html
[3] http://www.spinwatch.org.uk/-articles-by-category-mainmenu-8/46-gm-industry/5546-smelling-a-corporate-rat
[4] https://aspta.org.br/campanha/boletim-609-23-de-novembro-de-2012/
[5] http://www.efsa.europa.eu/en/press/news/130114.htm
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Neste número:
1. Políticas de apoio à agricultura familiar na mira das empresas sementeiras
2. Venda de milho transgênico da Dow nos EUA é adiada pelo menos até 2014
3. UE suspeita de inseticidas por “sumiço” de abelhas
4. Pesquisa científica no RS reforça relação entre agrotóxicos e doenças
A alternativa agroecológica
A biodiversidade cuidada pelos agricultores do norte de Minas Gerais
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1. Políticas de apoio à agricultura familiar na mira das empresas sementeiras
A edição da última segunda-feira (21/01) do jornal Valor Econômico trouxe uma matéria que explicita a gana das empresas sementeiras (setor hoje dominado por meia dúzia de multinacionais) de avançar sobre a agricultura familiar e minar as políticas de apoio a este público.
O trabalho de centenas de grupos de agricultores de resgate, conservação e uso de sementes crioulas é acusado de criar um “apartheid tecnológico” e as poucas e ainda incipientes ações governamentais de apoio à conservação da agrobiodiversidade e do uso de sementes locais (que não são menos produtivas que as sementes das empresas) são tachadas de “ideológicas”.
A matéria cita o representante da consultoria Céleres apresentando números ao menos inflados do sucesso dos transgênicos – ele diz, por exemplo, que o uso de sementes transgênicas de milho seria responsável por um aumento de 20% na produção, o que em não se comprova no campo. E deixa claro que as empresas miram as políticas que promovem a distribuição de sementes da Embrapa (através do Programa Brasil Sem Miséria) ou sementes produzidas por organizações da agricultura familiar (através do PAA-Sementes, gerido pela Conab). De fato, trata-se de um grande mercado.
Produtores de transgênicos miram agricultura familiar
Valor Econômico, 21/01/2013
“O desafio é romper com o viés ideológico”, diz Anderson Galvão, da Céleres
Com a taxa de adoção das variedades transgênicas atingindo mais de três quartos das lavouras de milho nas safras de verão e inverno no país, a indústria de biotecnologia mira agora as áreas cultivadas com sementes convencionais distribuídas aos agricultores familiares pelos governos estaduais e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A nova fronteira é estimada em 2,6 milhões de hectares pela consultoria Céleres em estudo elaborado para a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).
Pelas estimativas da Céleres, o milho transgênico cobrirá 12,2 milhões de hectares no ciclo 2012/13, o equivalente a 76,1% da área total do grão prevista pela consultoria para o período. Já em relação à projeção de área da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que é de 14,7 milhões de hectares, o cereal geneticamente modificado representaria 82,3% das lavouras.
Segundo o sócio-diretor da Céleres, Anderson Galvão, o “grande desafio” do setor é romper o “viés ideológico” dos governos que afasta os agricultores familiares e boa parte da área plantada com milho (entre 17,7% e 23,9%) do uso da biotecnologia. Para ele, essas políticas governamentais são “equivocadas”, “mal elaboradas” e criam um “apartheid tecnológico” no campo.
Conforme Galvão, isso contribui para manter os baixos níveis de rendimento, na faixa de 2 mil quilos por hectare, entre os pequenos agricultores dependentes dos programas de distribuição de sementes, enquanto produtores de grande porte que usam biotecnologia alcançam até 11 mil quilos por hectare. Mesmo numa pequena lavoura, de 50 hectares, o estudo da consultoria aponta que o benefício econômico acumulado da safra 2008/09 até 2011/12 soma US$ 100,4 mil.
Deste valor, 90% referem-se ao ganho de produtividade e o restante divide-se entre a redução de custos com insumos e defensivos e a remuneração da indústria sementeira. E, mantidas as premissas atuais de aumento de eficiência, o benefício econômico pode alcançar US$ 324,1 mil no acumulado de 2011/12 a 2021/22 na mesma plantação de 50 hectares, afirma o analista.
Galvão diz ainda que o aumento da produtividade do grão transgênico, que passaria de 20% em relação ao milho convencional cultivado com nível elevado de tecnologia, e a simplificação do manejo das plantações compensam o preço 40% a 45% mais elevado das sementes modificadas, de até R$ 480 por saca. Como cada saca semeia um hectare, os 2,6 milhões de hectares supridos atualmente por sementes oficiais representariam um mercado de até R$ 1,2 bilhão por ano para a indústria de biotecnologia.
“A indústria tem disposição e interesse [em fornecer sementes transgênicas para os programas governamentais], mas há resistência dos executores das políticas públicas”, acrescenta Galvão. Segundo ele, os programas de distribuição mais importantes são os do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e de vários Estados do Nordeste.
Só no Rio Grande do Sul, a distribuição de sementes de milho para a agricultura familiar chega a 400 mil sacas por safra, o suficiente para plantar 400 mil hectares, ou 40% da área total de milho no Estado, explica o presidente da Abrasem, Narciso Barison Neto. Para a analista Paula Carneiro, da Céleres, o receio em distribuir material geneticamente modificado é fruto de “desconhecimento” dos benefícios da tecnologia.
2. Venda de milho transgênico da Dow nos EUA é adiada pelo menos até 2014
Uma nova semente de milho transgênica da Dow Chemical não estará disponível para agricultores dos Estados Unidos pelo menos até a temporada de plantio de 2014, informou na sexta, dia 18, a empresa, que aguarda aprovação regulatória para o produto. A Dow AgroSciences, subsidiária da Dow Chemical, disse no final do ano passado que esperava comercializar a semente na temporada de plantio de 2013, depois que ela fosse aprovada pelo Departamento de Agricultura e Proteção Ambiental dos EUA.
A semente, chamada de Enlist, é geneticamente modificada para suportar a aplicação doherbicida 2,4-D. A tecnologia é uma resposta do setor ao surgimento de ervas daninhas resistentes ao glifosato, um herbicida amplamente usado em conjunto com sementes transgênicas de milho e soja da Monsanto. Críticos argumentam que a nova semente da Dow, junto com uma semente que está sendo desenvolvida pela Monsanto e que é resistente ao herbicida dicamba, levará a um aumento do uso de herbicidas, elevando o risco para o meio ambiente e para fazendas adjacentes. Eles defendem também que as ervas daninhas acabarão se tornando resistentes a esses novos produtos.
Um grupo de agricultores deixou de fazer oposição à semente Enlist em setembro passado, depois que a Dow se comprometeu a rastrear as aplicações de herbicidas pelos produtores e investigar alegações de que o produto se espalhou para plantações vizinhas. Ao mesmo tempo, a Dow está desenvolvendo a semente Enlist de soja, que planeja vender a agricultores em 2015.
As informações são da Dow Jones.
G1 (da Agência Estado), 18/01/2013 (via Em Pratos Limpos).
N.E.: Versões semelhantes de milho e soja resistentes ao 2,4-D estão na pauta de votação da CTNBio. Esse herbicida é classificado como “Extremamente tóxico” e, assim como nos demais casos, seus uso dispararia com a aprovação da semente transgênica para uso casado. Espera-se que com decisão dos EUA o pedido aqui também vá para a geladeira.
3. UE suspeita de inseticidas por “sumiço” de abelhas
França, Alemanha, Itália e outros países europeus já proibiram ou suspenderam o uso de determinados inseticidas, conhecidos como neonicotinoides, que, segundo argumentam muitos agricultores e cientistas, são a causa principal da queda das populações de abelhas comuns. A indústria de pesticidas e outros cientistas dizem que as doenças e as mudanças ambientais é quem são os responsáveis.
A avaliação de risco, publicada anteontem, afirmava que três neonicotinoides – a clotianidina e o imidaclopride, fabricados principalmente pela Bayer, e o tiametoxam, produzido pelaSyngenta – representam riscos para as abelhas por meio da presença de resíduos de terra e pesticida contaminados no néctar e no pólen. O órgão europeu vê “alto e grave risco” para as abelhas na forma pela qual os três inseticidas são aplicados a cereais, algodão, canola, milho e girassol.
Sua análise “propôs uma avaliação de risco muito mais abrangente para o caso das abelhas e introduziu, além disso, um nível mais alto de atenção na interpretação dos estudos de campo”, disse a EFSA. Mas a agência observou que não há dados para concluir que os inseticidas contribuem para o colapso das colônias de abelhas.
A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), solicitará novas informações das fabricantes dos produtos químicos, disse um porta-voz da comissão. A UE está preparada para tomar “as medidas necessárias” se novos estudos revelarem a existência de ameaça definitiva imposta pelos produtos químicos às populações de abelhas, acrescentou. (…)
O Departamento de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), que regulamenta o uso de pesticida, diz desconhecer dados que demonstrem que os neonicotinoides tenham contribuído para o colapso das colônias de abelhas. Pesquisadores do Departamento de Agricultura americano examinam a questão, mas dizem não ter encontrado prova que relacione pesticidas às mortes de abelhas.
A EPA rejeitou solicitações emergenciais de ambientalistas de que uma série de neonicotinoides seja retirada do mercado. Mas, em resposta à pressão pública, acelerou a análise periódica de segurança de produtos químicos para verificar a necessidade da adoção de restrições adicionais a seu uso.
Os grupos ambientais dizem que a EPA está se movimentando com excessiva lentidão e cogitam mover uma ação judicial para obrigar o órgão a agir. “A EPA tem um enorme problema de conformidade”, disse Jay Feldman, diretor-executivo do grupo antipesticidas Beyond Pesticides. A EPA não comentou de imediato o assunto.
Nos EUA os neonicotinoides substituíram pesticidas considerados mais perigosos, gradualmente retirados do mercado americano.
The Wall Street Journal | Valor Econômico, 18/01/2013 (via Em Pratos Limpos).
N.E.: Estes três inseticidas – clotianidina e imidacloprida (neonicotinoides), da Bayer, e tiametoxam, da Syngenta – são exatamente os mesmos que aqui no Brasil o Ibama tentou restringir. Mas o órgão acabou voltando atrás e engolindo a flexibilização das normas para pulverização aérea através de ato conjunto com o Ministério da Agricultura.
4. Pesquisa científica no RS reforça relação entre agrotóxicos e doenças
Uma pesquisa realizada em três municípios do Vale do Taquari, na região central do Rio Grande do Sul, avaliou a associação entre o contato com agrotóxicos e prevalência de doenças crônicas na população rural. A amostra foi composta por 298 pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos e que procuravam farmácia pública ou privada para a compra de medicamentos.
Os resultados da pesquisa apontam que o contato direto ou indireto com agrotóxicos associou-se ao relato de várias doenças, sendo as neurológicas e as orais as mais prevalentes. Houve associação com relato de condições dolorosas, de modo que indivíduos com contato com agrotóxicos apresentaram em torno de duas vezes mais chances de as referirem.
Segundo os autores, os dados corroboram os da literatura e indicam a necessidade de promoção de medidas de proteção e prevenção da saúde da população rural.
Leia na íntegra o artigo científico “Avaliação do impacto da exposição a agrotóxicos sobre a saúde de população rural. Vale do Taquari (RS, Brasil)”.
A alternativa agroecológica
A biodiversidade cuidada pelos agricultores do norte de Minas Gerais
Em Montes Claros, Minas Gerais, uma área de formação e experimentação agroecológica, na perspectiva da convivência com o cerrado e o semiárido, se tornou referência em toda a região norte do estado. O Centro de Agricultura Alternativa (CAA) presta assessoria técnica aos agricultores, tem projetos institucionais e vende a sobra da sua produção. Possui uma horticultura, sistemas agroflorestais, um viveiro de mudas, criação de animais e um banco de sementes crioulas, chamado Casa Regional das Sementes. A replicação desses conhecimentos é feita nas comunidades da região, em parceria com cooperativas, sindicatos e associações, além dos agricultores familiares.
Elizângela é agricultora de Riacho dos Machados (MG), mora em assentamento, e é do conselho diretor do CAA. Aprendeu a plantar com a mãe e avó desde criança, já era ensinada a tratar a natureza sem veneno. Segundo ela, todo o sentimento desse aprendizado fica no coração do camponês, mas é preciso ajudá-los a reviver e expor essa prática ancestral. Ela aprendeu, por exemplo, a usar produtos naturais para conservar as sementes nativas.
“Quando era adolescente fui esquecendo, fui tendo outros interesses. Mas ao construir minha família fui relembrando por necessidade. A gente não desaprende, tem que estimular o jovem para colher isso no futuro. Quando você volta é com muito mais amor”, afirma.
A agroecologia é praticada por vários agricultores há décadas, e seu termo veio apenas traduzir essa cultura, de acordo com a agricultora. A diferença é que pelo acúmulo de conhecimento é mais fácil repassar os ensinamentos para as novas gerações, dando continuidade ao processo.
“A aprendizagem é muito importante, não se aprende rapidamente porque tem que mudar tudo. Reaprender e fazer a transformação dentro de uma propriedade, que começa da mudança do ser humano. Não se faz agroecologia por parte, é um contexto”, concluiu.
Casa de Sementes Regional
Criada em julho de 2009, a Casa de Sementes Regional é um laboratório e armazém de sementes. Um banco de germoplasma popular. Começou a receber sementes para conservação em 2011. Sua estratégia é ter mais variedade que quantidade. Até o momento só estão trabalhando com espécies alimentares, principalmente as em risco de extinção. É um recurso complementar aos bancos comunitários de sementes, também em defesa dos agricultores.
Há todo um rito de entrada da semente, primeiro é feita uma avaliação nas comunidades e seu risco de erosão. Atualmente existem 68 sementes em testes de germinação, com ambiente aclimatado pelo ar condicionado e um desumidificador. A expectativa é que garanta o armazenamento dessas espécies por pelo menos 5 anos. Tudo está sendo registrado. Essa quantidade é o que conseguem monitorar e preservar com qualidade até agora.
Utilizam garrafas pet, com a semente bem limpa e seca. Na etiqueta vêm os dados coletados, como local, espécie, agricultor, data de entrada, etc. Ainda não foi feito o repasse para a multiplicação, está na primeira fase de testes. As sementes não são emprestadas, apenas conservadas. Tudo começou com um trabalho realizado pela AS-PTA e a Fase, em 1991, com sementes crioulas e os guardiões da biodiversidade na região. Fizeram um trabalho de resgate por conta do avanço do agronegócio. Começou com ensaios de milho, em 2002 conseguiram um apoio para preservação e intensificaram o trabalho até 2004. Desde então realizaram seis Feiras de Agrobiodiversidade que vêm discutindo agroecologia e agroextrativismo na região.
“Nasceu da demanda social local. O assentamento Tapera, em 1996, o Incra dizia que a terra era improdutiva, apesar de há cem anos pessoas morarem ali. As pessoas mais velhas iam passando as sementes, mas com falta de chuva foi se perdendo. O CAA já tinha o trabalho, e com o aumento da produção nas comunidades nasce a cooperativa Grande Sertão. Com a proposta dos transgênicos são pressionados, e surge a necessidade de conservar”, diz Elizângela.
A Casa de Sementes Regional conserva o patrimônio genético, econômico e cultural gerado na região, após o surgimento de vários bancos de sementes comunitários. Tem 65 amostras de 13 municípios. As pesquisas e melhoramentos são realizados de forma participativa, com um método próprio de espaço, tempo, procedimentos e avaliação. Ações em rede e a inserção nas políticas públicas são estratégias da organização: feiras, campanha contra os transgênicos e agrotóxicos, etc. O CAA foi responsável por seu financiamento e são os estagiários que monitoram o processo. Tudo é resolvido pelos agricultores e o conselho. De acordo com alguns agricultores, é necessária uma política de desenvolvimento que valorize as diversidades e o trabalho dessas pessoas. (…)
Articulação Nacional de Agroecologia, janeiro de 2013.
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Campanha Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos
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